Gargalos a superar para o crescimento da bioeletricidade
08-04-2015

Enquanto o nível dos reservatórios das hidrelétricas cai e se gasta fábulas de recursos com as térmicas, muito mais caras e poluentes, o país continua desperdiçando um grande potencial energético que poderia vir da cana-de-açúcar. Além de a energia da biomassa ser limpa e renovável, gera riqueza e emprego em cidades do interior do país, além de uma série de outras vantagens comparativas. 

O gerente de bioeletricidade da Unica, Zilmar de Souza, enumera algumas políticas públicas imprescindíveis para o estímulo da energia da biomassa no Brasil:
- promover leilões dedicados à biomassa com preços remuneradores;
- extinguir o limite máximo de injeção de energia na rede com direito a desconto. É que hoje quem exporta até 30 MW tem desconto na tarifa de uso da rede. “Isto é um incentivo, mas a energia da biomassa tem crescido de tamanho. Se uma usina injeta 31 MW perde o desconto, o que tem sido trava tecnológica para o setor”;
- criar condições mais atrativas de financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos para retrofit e recolhimento e uso da palha;
- desenvolver estudos para a conexão de empreendimentos nas redes de transmissão e distribuição, a fim de mitigar o custo destes investimentos. Quem paga a conexão é o gerador, e isto pode representar 30% do investimento em um projeto de bioeletricidade.
Além disso, para Zilmar é importante que o governo mantenha esse processo de melhoria do ambiente regulado dos leilões, iniciado em 2013. “Esta é nossa principal porta de entrada neste negócio. Aprimorando o preço teto, certamente no futuro teremos a bioeletricidade retornando ao certame de forma mais consolidada e contínua.”

Confira mais informações na revista digital CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo CanaOnline para tablets e smartphones - www.canaonline.com.br