Geada associada ao clima seco assusta o setor
19-07-2016

Geada pode gerar perda de até 50% no rendimento da tonelada colhida de cana

Em junho, canaviais de estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul sofreram com geadas, mas como não foram tão intensas e o clima estava bem mais úmido, os danos foram considerados leves.

Mas as geadas que aconteceram nos últimos dois dias foram mais intensas, atingiram mais estados: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Além de caírem em um canavial que, em muitas regiões, não recebe chuvas a mais de 40 dias, boa parte das áreas de cana-soca estão em uma fase que os brotos mortos pela geada terão pouca recuperação.
Apesar de ser uma cultura considerada mais resistente, a cana também sofre com a geada que chega a queimar os canaviais e destrói até o palmito da cana, gerando perda de até 50% no rendimento da tonelada colhida. A geada também mata a socaria, provocando grandes falhas na brotação. Em 2010, as geadas comprometeram 17% da safra de cana do Mato Grosso do Sul, segundo levantamento da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso Sul).

Não obstante ao prejuízo imediato, a preocupação com os eventos climáticos se prolonga para a próxima safra, pois a perda da brotação e da massa verde desenvolvidas pode atrasar o início do próximo plantio e a oferta de mudas para expansão também fica comprometida.

Não há muito o que se fazer após o canavial ser atingido pela geada, a não ser, remanejar o corte para as áreas afetadas, pois colher essa cana o mais rápido possível é a melhor forma de atenuar a perda.

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