Governo mineiro garante construção de gasoduto até Uberaba
05-03-2015

A tubulação que levará gás natural para a fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba, no Triângulo Mineiro, sairá do papel com mudança no traçado e um custo R$ 200 milhões superior ao estimado.

Apesar das alterações, secretários estaduais garantiram que o gasoduto ficará pronto a tempo de atender à demanda da planta industrial da fábrica de amônia, que deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2017.

Até o fim do ano passado, já havia sido definido que a tubulação seguiria de Betim até Uberaba. Mas não se falou sobre o início da obra. Agora, o governo estadual buscará o combustível em Queluzito, na Região Central, e irá levá-lo até Uberaba, contemplando ainda Uberlândia, que estava nos planos de uma expansão futura.

Responsável pelo projeto, a Gasmig – empresa controlada pela estatal Cemig –, cancelou a licitação do projeto executivo do gasoduto Betim-Uberaba, em janeiro deste ano. Com a posse da nova diretoria, novos estudos técnicos e articulações políticas foram realizados.

Nos próximos dias, a Cemig e o governo do Estado deverão divulgar como será a engenharia financeira para que a obra seja feita. A expectativa anterior era de que fossem investidos R$ 1,8 bilhão. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, que disse que o traçado ainda está em estudos, o valor beira os R$ 2 bilhões.

Ainda não está definido se a obra será feita com recursos do Tesouro Estadual, da Cemig ou em parceria com a iniciativa privada. O fato é que o governo do Estado se comprometeu com a Petrobras a construir a tubulação para alimentar a planta de amônia em Uberaba e, para que não haja ociosidade do empreendimento, precisa agir logo para que as inaugurações sejam simultâneas.

Apesar dos problemas que a Petrobras enfrenta desde o início da Operação “Lava-Jato” e das investigações da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, a obra da planta de amônia, no Triângulo Mineiro, não sofreu interrupções. Quem garante é o secretário de Desenvolvimento Econômico de Uberaba, José Renato Gomes.

.A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) lança hoje estudo sobre os impactos econômicos que a implantação do gasoduto entre Queluzito (região Central) e Uberaba (Triângulo), batizado de Integração, provocará nos cerca de 50 municípios na área de abrangência do empreendimento. O levantamento é fruto de entendimento entre o presidente da entidade, Olavo Machado Junior, e o prefeito de Uberaba, Paulo Piau.