Grupo Coruripe investe no sistema de muda pré-brotada
08-02-2016

A instalação da biofábrica da Coruripe está em fase de estudos pela diretoria

Nas cinco usinas do Grupo Coruripe (uma em Alagoas e quatro no Triângulo Mineiro, MG), o sistema de muda pré-brotada (MPB) está em fase de implantação. De acordo com Mário Sérgio Mathias, gerente Corporativo de Planejamento Agrícola do Grupo, agora a empresa está em fase de montagem de uma biofábrica para criar demanda interna. A preocupação é obter economia na produção de mudas destinadas ao plantio. “No custo de plantio, a muda é o insumo mais caro.” Mathias salienta que a introdução do sistema de MPB é para a companhia focar na redução de custos, não só na melhoria do material varietal.

A instalação da biofábrica da Coruripe está em fase de estudos pela diretoria. “O MPB que usamos até agora foi destinado apenas para viveiro, não em grande escala, e compramos do mercado, de empresas como Basf e Syngenta, além de outros viveiristas. Mas queremos fabricar nosso material”, relata.

Em Minas Gerais, a posição da biofábrica está sendo analisada estrategicamente em relação à posição das unidades mineiras do Grupo. Além disso, a empresa também está estudando se a biofábrica de MPB que será construída no Triângulo Mineiro também vai servir a unidade Coruripe Matriz, em Alagoas. Nesse caso, a proposta aventada é criar o MPB em MG, e ainda em fase inicial de germinação transferi-lo para Alagoas, onde seria completado o ciclo na casa de vegetação. “Mas existe toda uma análise sendo feita, para ver se conseguiremos levar para Alagoas um bom volume desse material a um custo interessante” Portanto, o Grupo Coruripe vai decidir se será mais viável instalar outra biofábrica de MPB em Alagoas ou criar no Nordeste uma extensão da biofábrica mineira.

“O MPB é viável no Nordeste”, frisa Mathias. “Os benefícios comprovam isso, como a multiplicação rápida do material e a redução de custo de muda. Colocando isso na planilha e levantando custo, vemos que é viável”, acrescenta.

De acordo com ele, em Alagoas a Coruripe está implementando, em área de viveiro primário, cerca de 150 hectares de MPB. E a área com mudas pré-brotadas nas unidades mineiras do Grupo também vai atingir um total de 150 hectares.
Mathias acredita que, para um sistema como esse dar certo, tem que saber manejar. Uma tática adotada no projeto de implantação de MPB pelo Grupo Coruripe é a adoção da Meiosi para as áreas de viveiro, o que vale tanto para MG como para AL. “Entendemos que essa metodologia reduz o custo de plantio de 12% a 15% do custo.”

As culturas intercalares utilizadas em Alagoas na Meiosi com MPB seriam soja ou amendoim. Inclusive no estado a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveu variedades de soja adaptadas à região.

“Planejamos começar a fazer plantio de soja. Hoje plantamos nas áreas de pousio a crotalária, que tem objetivo de recuperação de solo, mas podemos trabalhar para viabilizar essa agricultura na região”, diz Mathias, lembrando que Alagoas pode se tornar polo para a produção de semente de soja por conta da janela de colheita.

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