Heróis da resistência
10-10-2014

Luciana Paiva

Enquanto o governo Dilma menospreza as energias verdes (etanol e eletricidade) geradas pela cana, o setor investe. No final de setembro, a Granbio inaugurou a Bioflex 1, a primeira unidade produtora de etanol celulósico em escala comercial do Hemisfério Sul. A planta é ao lado da Usina Caeté, em São Miguel dos Milagres, Alagoas e elevou 20 meses para entrar em operação. A unidade transforma bagaço, pontas e palha da cana no etanol produzido em escala comercial mais limpo do mundo. Assim o Brasil e a cana entram na era do etanol 2G.
Se por um lado, unidades deixam de moer e outras pedem recuperação judicial, aGranbio tem plano de construir uma nova unidade por ano nos próximos dez anos, elevando a produção total de etanol celulósico para 1 bilhão de litros até 2022. O investimento total nas dez usinas de segunda geração que a Granbio planeja erguer estão estimados em R$ 4 bilhões.
Ao mesmo tempo que o governo Dilma só pensa no pré-sal, as entidades de pesquisa em melhoramento genético da cana continuam trabalhando no desenvolvimento de variedades com alta performance, cada vez mais adaptadas as novas fronteiras canavieiras, resistentes às doenças, com maior produtividade, teor de açúcar e potencial energético.
Se o governo Dilma negligência as necessidades do setor, as empresas fornecedoras investem em tecnologias que atendem o que cana precisa para voltar a ser aumentar a competitiva. Este mês, A BASF lançou uma biofábrica móvel de extração de gemas para a produção de mudas sadias. E a FCN Tecnonogia fez sucesso com uma cortadora de cana, a Centracana, que possibilita o corte de cana crua em área de topografia acidentada.
Esses heróis que não deixam se abater pela cara feia do governo Dilma, merecem nossos parabéns e destaque nas páginas da CanaOnline. Confira a edição, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br