Incertezas quanto à oferta de açúcar dão suporte aos preços nas bolsas internacionais
07-02-2017

Incertezas quanto a oferta de açúcar nos dois maiores produtores mundiais, Brasil e Índia, continuam dando suporte às cotações da commodity que iniciaram a semana em alta nas bolsas internacionais. No Brasil, as dúvidas recaem sobre a quantidade de cana que será destinada para a produção de açúcar, já que as perspectivas quanto ao volume processado de matéria-prima oscilam entre 567 a 616 milhões de toneladas, dependendo da consultoria.

Já na Índia, a incerteza se refere ao tamanho da quebra de safra e se o país vai, ou não, abrir o mercado para importação. A pergunta é importante, principalmente, por tratar-se do maior consumidor mundial de açúcar. As estimativas por lá, são de que o déficit possa atingir até 4 milhões de toneladas nesta temporada.

Diante deste cenário a bolsa de Nova York fechou ontem (6) em alta em quase todas as telas. Baixa de um ponto apenas nos lotes de março e maio/18. No vencimento março/17, a commodity subiu sete pontos, com negócios firmados em 21,18 centavos de dólar por libra-peso. As telas de maio a outubro/17, se valorizaram entre um e seis pontos.

Em Londres o açúcar branco fechou valorizado em todos os lotes. Maio/17 subiu 2,90 dólares, com negócios em US$ 553,80 a tonelada. As demais telas oscilaram para cima entre 90 cents e 2,60 dólares.


Mercado doméstico

No mercado interno o açúcar também começou a semana em alta. A saca de 50 quilos do tipo cristal foi comercializada ontem a R$ 84,67, alta de 0,31% no comparativo com a véspera, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP.


Etanol

Já o etanol hidratado voltou a cair segundo índices da Esalq/BVMF. O metro cúbico do biocombustível foi comercializado ontem a R$ 1.800,00, baixa de 0,17% no comparativo com os preços praticados na sexta-feira.


Rogério Mian