Indústria alimentícia puxa aumento da produção em novembro em PE
14-01-2016

A produção de alimentos, em especial do açúcar, motivou o aumento de 3,5% da produção industrial de novembro de Pernambuco. O levantamento mensal foi divulgado, nesta terça-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e apontou que a produção caiu em 9 dos 14 locais pesquisados. Pernambuco registrou a maior alta no país.

As maiores baixas partiram do Espírito Santo (-11,1%), do Ceará (-4,5%) e de Minas Gerais (-4,0%). Pernambuco registrou o maior crescimento ,seguido por Pará (1,9%), Santa Catarina (1,8%), Rio de Janeiro (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,1%). Em relação ao mesmo mês de 2014, a queda da produção pernambucana foi de apenas 1% - a queda média nacional foi de 12,4%.

O economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Thobias Silva, aponta que o setor de alimentos vem apresentando um bom desempenho no estado. “A produção de alimentos, como a do açúcar, salamaria, embutidos, sorvete, por conta do ciclo de final de ano, eles puxaram esse aumento”, avalia Silva. Em outubro, o estado já havia registrado aumento de 0,5% na produção.

Um dos produtos com destaque no período foi o açúcar. “A gente teve muita exportação de açúcar. Ele é um produto pernambucano muito forte, com foco de exportação muito grande, mas é muito volátil. Quando você não tinha correção da gasolina, vimos usinas fechando”, recorda o economista.

Além da produção de alimentos, Pernambuco ainda conta com fatores conjunturais, como os maciços investimentos dos últimos anos e a vinda de indústrias para o estado, como fábricas de bebidas para o Norte da Região Metropolitana do Recife. Entretanto, a conjuntura nacional não deixa de influenciar o estado, especialmente pelo perfil industrial do estado.

“Pernambuco não é uma ilha. A nossa indústria é muito de mercado interno, não temos um histórico de indústria exportadora. Esse é um ano muito difícil, a economia dá sinais de debilidade e isso atinge o estado. Provavelmente, teremos momento de oscilação. Setores que estão bem, que tem baixa elasticidade como alimentos, tendemos a ver um desenvolvimento, mas menor do que teríamos fora dessa conjuntura”, avalia Silva.

A quede de 1% em relação a novembro de 2014 sofre influência pelos ramos de outros equipamentos de transporte (-35,7%), de bebidas (-16,9%), de outros produtos químicos (-15,7%) e de produtos de metal (-19,0%). Em contraponto, o setor de produtos alimentícios vem com aumento de 16,9%, contrabalançando.