Indústria busca o máximo do mínimo
08-09-2014

É preciso todo o cuidado e critério na decisão de cortar custos na indústria. A hora é de economia, mas com inteligência

Alexandre Carolo

O clima seco do Centro-Sul, especialmente em São Paulo e Minas Gerais, tem desafiado a indústria sucroenergética, que luta para manter uma produção satisfatória a partir de uma matéria-prima comprometida pelo alto índice de impurezas vegetais. Este fato, aliado a problemas conjunturais como a descapitalização do setor e a falta de um marco regulatório, acendeu um alerta vermelho que indica a hora de "apertar o cinto" e economizar ao máximo. Mas, para indústrias que não podem comprometer a qualidade da produção, não é tão simples assim.
Especialistas afirmam que qualquer contenção de gastos tem seu limite, principalmente em um setor que vive a constante busca pelo ponto de equilíbrio na produção, considerando variáveis como, por exemplo, clima, qualidade da matéria-prima e aproveitamento industrial. O termo economizar, portanto, deve ser interpretado como não gastar além do necessário para manter o processo e garantir a qualidade do produto final. Cortar gastos não pode comprometer a manutenção, a busca por redução de perdas e pelo máximo aproveitamento de tempo.

MANUTENÇÃO É IMPRESCINDÍVEL

O desafio, segundo o gerente industrial da Pitangueiras Açúcar e Álcool, Gilmar Galon, é saber direcionar corretamente os investimentos. "A manutenção é algo imprescindível, assim como a busca por melhorias no processo e pela redução de perdas", afirma. O gerente também alerta para os cuidados com a escolha dos insumos e equipamentos que serão substituídos ou reparados. Ele acredita ser possível economizar na hora de comprar materiais, mas é preciso considerar a qualidade, a aplicação e a garantia do bom funcionamento. "O barato pode sair caro", alerta.

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