Interação das universidades com empresas e associações conveniadas é o segredo do sucesso da Ridesa
25-11-2016

O Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-Açúcar (PLANALSUCAR) já funcionava dentro de um modelo de parceria público-privada, o qual foi mantido e aperfeiçoado quando surgiu a RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético) no início dos anos de 1990.

Durante o PLANALSUCAR, o governo federal financiou a maior parte das pesquisas. As tecnologias desenvolvidas, inclusive as variedades, eram validadas nas empresas. Esta interação dos pesquisadores do PLANALSUCAR com as empresas proporcionou a continuidade dessa ação na RIDESA.

Todavia, neste segundo momento, o custeio dessa pesquisa passou a ser financiado pelas usinas, destilarias e fornecedores de cana, tendo como contrapartida das Universidades a dedicação parcial de professores, pesquisadores, técnicos e alunos para desenvolvimento do programa de melhoramento genético da cana-de-açúcar das cultivares RB.

No final de 2015, eram 313 empresas com contratos de parceria com as Universidades, representando cerca de 75% das entidades brasileiras produtoras de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade. Desta forma, a validação e adoção de uma nova variedade é muito facilitada. Isto é, no momento de liberação de uma nova variedade, há empresas que já a estão cultivando em grandes áreas. Isso acontece porque todas as empresas parceiras recebem os clones RB para avaliação em experimentos, alguns anos antes de sua possível liberação como nova variedade.

Este modelo RIDESA de parceria com as empresas permite a definição do manejo de cultivares. São centenas de experimentos conduzidos nas usinas e destilarias para esta finalidade. Adicionalmente, os clones RB de maior produtividade nos experimentos são avaliados em áreas de 10 a 100 hectares, em diferentes condições de manejo. Desta forma, há uma interação muito positiva entre a equipe das Universidades e a equipe das empresas, potencializando o número de observações e o planejamento conjunto da formação dos viveiros de mudas, especialmente dos novos genótipos que poderão ser liberados como novas variedades RB.

Mais informações sobre a RIDESA e as variedades RB podem ser obtidas no livro “45 anos de Variedades RB de Cana-de-açúcar – 25 anos da Ridesa”.


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