Itaú eleva previsões de preços para minério de ferro e petróleo; açúcar é cortado
14-02-2018

O Itaú elevou a projeção para a cotação do minério de ferro no mercado internacional para US$ 65 a tonelada para o final de 2018, com média anual de US$ 69 a tonelada. O número veio acima das estimativas anteriores de US$ 60 a tonelada e US$ 67 a tonelada, respectivamente.

Apesar do cenário mais otimista, o número representa uma correção frente à cotação de janeiro, quando a commodity subiu de US$ 72 a tonelada para US$ 74 a tonelada, sustentada pelo maior crescimento da China.
Para o cobre, o banco também projeta um fim de ano mais forte, com cotação de US$ 6.700 a tonelada, contra US$ 6.500. Em janeiro, os números da commodity registraram baixa de US$ 7.247 a tonelada, para US$ 7.169 a tonelada. Na média de 2018, o Itaú acredita em cotação na casa de US$ 6.903 a tonelada, 0,4% acima da projeção anterior de US$ 6.870 a tonelada.
Petróleo revisado para cima
As projeções para o petróleo também foram revistas para cima, com a mesma indicação de correção frente aos números atuais. O Itaú estima que o barril do WTI feche 2018 a US$ 55 e o Brent a US$ 58. Na projeção anterior, as estimativas eram, respectivamente, de US$ 52 e US$ 55. No ano, a média deverá ficar em US$ 63 no Brent. O banco não indicou a média esperada para a referência norte-americana.
A semana foi de perdas para o petróleo após um janeiro forte estimulado por expectativas boas de manutenção dos cortes de oferta da Opep e grandes exportadores e o enfraquecimento do dólar.
O WTI afundou quase 9% desde o crash de Wall Street na sexta-feira passada, voltando a ser negociado abaixo dos US$ 60 o barril, patamar que não tocava desde o final de 2017.
Já o Brent perdeu 7,5% no mesmo período, sendo vendido a US$ 63,35 o barril, menor valor desde meados de dezembro.
Açúcar reduzido
No setor agrícola, o Itaú estima agora manutenção dos preços baixos do açúcar por conta do excesso de produto no mercado, especialmente na produção da Índia e Tailândia, dois dos principais concorrentes do açúcar brasileiro, e do açúcar de beterraba europeu.
Já no Brasil, a produção da commodity deverá ficar 10% menor após a queda dos preços no ano passado e o estímulo ao etanol com alta da gasolina não animar as usinas a processarem cana-de-açúcar para obter o adoçante. A projeção é da INTL FCStone.
Café e grãos mantidos
O café teve suas projeções mantidas para US$ 131/libra para o final do ano e mesmo valor para média de 2018. O patamar representa uma valorização de quase 80% frente ao preço médio do ano passado, o que deverá beneficiar fortemente os exportadores brasileiros que se preparam para uma safra recorde com bienalidade positiva.
As estimativas para a safra variam de um total de 55 milhões a 65 milhões de sacas para o Brasil. A estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que o país produzirá de 54,44 milhões a 58,51 milhões de sacas em 2018, contra 44,9 milhões de sacas no ano passado.
O cenário de grãos foi mantido com preços médios de US$ 997 o bushel de soja; US$ 376 o bushel de milho; e US$ 464 o bushel de trigo.