Já há tecnologia disponível para que a cana seja super
22-02-2016

Mesmo com o setor em crise, os investimentos em tecnologia para cana não cessaram
Planta de Etanol 2 G da Raízen, na unidade Costa Pinto, em Piracicaba, SP, produção comercial
Divulgação Raízen

O endividamento após a crise de 2008, impulsionado pela política de controle do preço da gasolina, levou à paralisação ou ao fechamento de cerca de 60 usinas de açúcar e etanol e outras 86 entraram em recuperação judicial, gerando a extinção de mais de 300 mil postos de trabalho.

Mesmo com todas as dificuldades, a cadeia sucroenergética não deixou de investir no desenvolvimento de tecnologias que aumentam a sustentabilidade da agroindústria canavieira. Não se pode esquecer que foi neste cenário nebuloso que se tornou realidade no Brasil a produção de etanol celulósico, chamado 2G, proveniente da biomassa da cana e que possibilita produzir 50% mais etanol na mesma área. A Granbio, com sua unidade instalada em São Miguel dos Campos, em Alagoas, deu a largada, mas a primeira a produzir em escala comercial foi a Costa Pinto, unidade da Raízen, em Piracicaba, SP, em novembro de 2014.

Também foi nesse período que a prática de recolhimento de palha ganhou corpo, a tecnologia evoluiu tanto no campo como na indústria, e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) lançou seu sistema Palha Flex, já em funcionamento na Usina Ferrari, em Pirassununga, SP. Recolher palha para a produção de energia passou a ser mais uma opção de renda, agora reivindicada pelos produtores de cana.


Ainda abordando subprodutos da cana, a gaseificação da vinhaça deu passos mais decisivos para se tornar um negócio. Em 2015, houve o lançamento de um projeto pioneiro que prevê a produção e distribuição de biometano no Noroeste do Estado de São Paulo.

O projeto foi formalizado por meio de um Protocolo de Intenções assinado por representantes das empresas GasBrasiliano, Consórcio CSO e a Malosso Bioenergia, localizada em Itápolis, SP. A parceria está alinhada ao Programa Paulista de Biogás do Estado de São Paulo (Decreto nº 58.659, de 04/12/2012), que prevê a obrigatoriedade de comercialização de um percentual mínimo de biometano através das redes de distribuição de gás natural e cuja ênfase é o biometano produzido a partir de vinhaça. E a construção da planta de biodigestão na Malosso Bioenergia está programada para iniciar a partir de março de 2016.

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