Jabuticaba e etanol de cana: coisas do Brasil
22-05-2015

O Sabiá-poca habita o Brasil e a Argentina, mas ele sabe que apenas nas terras brasileiras irá saborear a deliciosa jabuticaba, é que essa fruta é originária do Brasil. Assim como o etanol da cana-de-açúcar.

No início do Século XX, a cana-de-açúcar passou a ser também conhecida no Brasil como matéria-prima para outro produto além do açúcar: o álcool combustível. Em 1931, o decreto-lei 19-717 estabelecia a obrigatoriedade da compra de etanol pelos importadores de gasolina. O objetivo era adicionar 5% de álcool anidro produzido no Brasil ao combustível fóssil. Embora modesto, foi o embrião da política brasileira de combustíveis renováveis.

Na década de 1970, a crise mundial do petróleo abalava a economia mundial, ameaçando principalmente a economia de países dependentes da importação de petróleo e de gasolina. Aquela conjuntura internacional instável foi o estímulo para que a iniciativa tímida de 1931 se transformasse no maior programa de combustível renovável do mundo: o ProÁlcool (Programa Nacional do Álcool), criado em 1975.
Na primeira fase, o objetivo foi utilizar o etanol anidro como aditivo à gasolina na proporção de 13%, em substituição ao chumbo tetraetila, que era importado e altamente poluente.

No final da década, em setembro de 1979, com a segunda crise do petróleo, o Governo Federal e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) assinaram um protocolo pelo qual os fabricantes deveriam desenvolver novas tecnologias para a produção em série de veículos a etanol. No mesmo ano, foi lançado o primeiro carro movido 100% a etanol, o Fiat 147. O Proálcool ganhava raízes mais sólidas. O Brasil implantou nos postos de combustíveis uma estrutura inédita no mundo de abastecimento de veículos com etanol hidratado.

Segundo Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, o etanol do Brasil reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 61% se comparado com a gasolina, por isso é considerado combustível avançado.

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