Lançado RenovaBio 2030, expectativa é que programa turbine a economia do setor
14-12-2016

Programa deve receber US$ 40 bilhões de investimentos no Brasil, esteja presente em 1,6 mil municípios e gere cerca de 750 mil empregos

O presidente da República, Michel Temer, discutiu nesta terça-feira (13) com representantes do setor de biocombustíveis o programa RenovaBio - Biocombustíveis 2030. Elaborado em parceria pela iniciativa privada e o Ministério de Minas e Energia, o programa pretende aumentar a produção brasileira de etanol em sintonia com os compromissos brasileiros assumidos no Acordo de Paris para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O RenovaBio vai buscar sua atuação baseado em quatro eixos estratégicos: discutir o papel dos biocombustíveis na matriz energética; desenvolvimento baseado nas sustentabilidades ambiental, econômica e financeira; regras de comercialização e atento aos novos biocombustíveis.

Após o início das discussões entre o governo e o setor, nos próximos 60 dias será elaborada uma proposta para ser levada em consultas públicas a partir do mês de março. Ainda em 2017 uma legislação sobre o tema deve ser apresentada para que possa começar a ser executada a partir de 2018.

A expectativa é que o programa receba US$ 40 bilhões de investimentos no Brasil pela iniciativa privada, esteja presente em 1,6 mil municípios e gere cerca de 750 mil empregos. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, garantiu que o governo irá incentivar e atuar para que as medidas do programa sejam colocadas em prática.

"O governo está pronto para receber todas as sugestões e demandas que já foram identificadas pela iniciativa privada e pelas indústrias. A partir daí, dentro das nossas possibilidades, nós vamos poder chegar o mais próximo possível de atender as pautas deles. O que interessa ao governo é animar o setor privado a voltar a investir", afirmou o ministro.
Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e o Fórum Nacional Sucroenergético, o programa RenovaBio vai ao encontro do anseio do empresariado da indústria sucroenergética, que tem buscado uma proposta governamental de longo prazo, com menor intervenção na economia, especialmente em relação a preços de combustíveis, de maior segurança jurídica e de previsibilidade de regras para retomada de investimentos. O setor está com uma expectativa muito positiva sobre esse programa, que apresenta interesses mais abrangentes, que envolvem ganhos ambientais, sociais e econômicos, diferente do Próalcool, da década de 70, cujo objetivo era o de abastecimento de combustíveis no país.

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