Lei de Darwin rege a saúde financeira do setor bioenergético
11-09-2024

Ondas de apogeu e declínio marcam a história da agroindústria canavieira. Vence quem surfa melhor

Ao longo de sua história, a cultura canavieira nacional viveu ciclos de apogeu e declínio. Tomando como base apenas o momento mais recente, o setor enfrentou duas graves crises financeiras, ambas ocorrendo após períodos de forte expansão e incentivos à produção de etanol.

A primeira se deu logo após o fim do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em meados dos anos 1990 e a desregulamentação do setor, que saiu da tutela do governo e teve de caminhar com suas próprias pernas, exigindo boa gestão para se manter no negócio. Naquela época, as constantes quedas na cotação do petróleo no mercado mundial e a estagnação da produção de veículos movidos exclusivamente a álcool combustível colocaram as usinas de cana-de-açúcar em “xeque”, encerrando um longo período de bonança iniciado duas décadas antes.

No início dos anos 2000, os ventos voltaram a soprar a favor do segmento. A expectativa de que o Brasil seria a OPEP do etanol, abastecendo o mundo com o combustível verde e a chegada dos veículos flex-fuel ao mercado nacional reacenderam os ânimos, dando início a um novo ciclo de expansão e investimentos, mas que, infelizmente, durou pouco.

Nos anos seguintes, a grave crise financeira internacional e o controle artificial dos preços da gasolina colocaram um ponto final em mais um bom período, afundando o segmento em uma nova fase crítica, marcada pela elevação do endividamento, fechamento de portas e aumento dos pedidos de recuperação judicial.

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