Livre da Recuperação judicial e com novos empréstimos, Grupo Moreno investe em máquinas e caminhões para a safra 22/23

04-04-2022

A safra canavieira 22/23 no Grupo Moreno chegou com a apresentação de modernização na frota de caminhões, colhedoras de cana e tratores

A safra canavieira 2022/23 começa animada no Grupo Moreno, formado pelas empresas Central Energética Moreno Açúcar e Álcool, de Luiz Antônio (CEM), Central Energética Moreno de Monte Aprazível Açúcar e Álcool (CEMMA), Coplasa - Açúcar e Álcool Ltda, instalada em Planalto, SP, Agrícola Moreno de Luiz Antônio (AMLA), Agrícola Moreno de Nipõa Ltda. (AMN) e Planalto Bioenergia Spe.

Após pedir recuperação judicial em setembro de 2019 e sofrer a exigência por parte de seus credores pela venda de suas unidades, o Grupo Moreno conseguiu reverter o quadro negativo. O plano de recuperação da empresa, previa o pagamento de 1 bilhão de reais aos credores no prazo de até três anos. Mas o Grupo, em 6 de janeiro anunciou a antecipação do pagamento aos credores.

De acordo com a companhia, o bom resultado da safra 2021/22 e o sucesso no financiamento de 1 bilhão de reais junto a investidores possibilitaram a antecipação desse pagamento aos credores. A companhia acertou dois empréstimos no total de R$ 700 milhões do tipo DIP (permitido nas recuperações judiciais), sendo um com a trading francesa Sucden e outro com a gestora Quadra. A Moreno ainda utilizou R$ 300 milhões de seu caixa, gerados nesta safra 2021/22, para pagar os credores.

O plano de recuperação previa que a empresa poderia vender até duas usinas ou, em alternativa, pagar R$ 1 bilhão aos credores em até três anos, de uma dívida que inicialmente alcançava R$ 1,8 bilhão. Com os novos recursos, a Moreno quitou todo o valor devido aos credores e não precisará mais vender suas indústrias. A operação permitiu um desconto de R$ 800 milhões na dívida inscrita na recuperação, conforme previsto em seu plano.

Um fundo gerido pela Quadra comprou R$ 435 milhões em Cédulas do Produtor Rural (CPR) emitidas pela Moreno, com prazo de cinco anos e a um custo equivalente à Libor 10% ao ano. Com a Sucden, o grupo acertou um contrato de pré-pagamento de exportação de US$ 40 milhões (aproximadamente R$ 250 milhões), com prazo de três anos e custo equivalente a CDI 15% ao ano.

Sem a pressão pela venda das unidades, com o cenário de mais um bom ano-safra e com o dinheiro dos empréstimos, o Grupo Moreno foi às compras e abriu o ciclo canavieiro 22/23 com o desfile de seus novos caminhões e máquinas agrícolas, fundamentais para o bom desenvolvimento da safra, elevar a competitividade da empresa e para elevar o ânimo da equipe, pois mostra que os bons tempos retornam para a Moreno.

Fonte: CanaOnline