Maior estiagem dos últimos 20 anos atrasará início da safra canavieira e reduzirá a produção
11-02-2021

Esta é a estimativa do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para a safra de cana 2021/22 na região Centro-Sul

Na abertura de premiação Usina Campeãs de Produtividade Agrícola, realizada nesta quarta-feira, 10, pelo Grupo IDEA, Natália Trombeta Calori, Líder de Marketing no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apresentou a expectativa da entidade para a safra 2021/22.

Natália salientou que a estiagem ocorrida em 2020 foi a pior dos últimos 20 anos, apesar da severidade, a safra não foi impactada, houve um aumento de 2% na produtividade agrícola (TCH – tonelada de cana por hectare) por conta de um perfil de colheita mais jovem (foram colhidas mais áreas de 1º, 2º e 3º corte) do que o da safra 2019/20.

A estiagem contribuiu para que a região Centro-Sul registrasse a maior média de quilos de ATR (açúcar total recuperável) por hectare de cana das últimas 10 safras, até novembro a média estava em 141 quilos. Número comparável a época do corte manual com queima. A maior média de ATR compensou a quebra na produção.

No entanto, “a dívida da longa estiagem ocorrida no ano passado será cobrada na safra que inicia oficialmente em 1º de abril”, disse Natália. De acordo com o CTC, os baixos volumes de chuva observados em 2020 deverão impactar a produtividade dos canaviais, principalmente os de início de safra.

Em relação ao clima, a expectativa é de que chuvas do primeiro trimestre estejam dentro da normalidade, não recuperando o atraso dos canaviais. O CTC prevê cenário inicial de redução no TCH médio da safra 2021/22.

A menor taxa de renovação preocupa e deve voltar a refletir nos canaviais mais envelhecidos.

Resultado: o início de safra pode ser atrasado, haverá menor volume de cana. A estimativa do Grupo IDEA, segundo seu presidente, Dib Nunes, é que a quebra será de 4%.

Fonte: CanaOnline