Mais impurezas e mais palha, como fica a indústria?
07-07-2015

Os efeitos do aumento do corte mecanizado de cana crua o uso da palha nas indústrias sucroenergéticas

Luciana Paiva e Leonardo Ruiz

A vida da indústria sucroenergética não tem sido fácil para se adaptar as inúmeras mudanças ao longo dos últimos anos. A maior delas foi a transição da colheita manual para a mecanizada de cana crua. A escassez de mão de obra e, no caso de São Paulo a criação do Protocolo Agroambiental, assinado em 2007 e que estipulou a erradicação da queima da cana-de-açúcar para o ano de 2014 em áreas mecanizáveis, provocaram uma corrida para se estabelecer a mecanização da lavoura.

Essa “correria” para se adaptar a mecanização acabou gerando problemas, um deles é o aumento de impurezas minerais (3 a 4%) e vegetais (12 a 15%) na indústria. As impurezas sobrecarregam os equipamentos de recepção, preparo e extração (aumento da carga e do consumo de potência), bem como os sistemas de transporte e movimentação de bagaço, reduzem a capacidade de moagem, a extração do caldo e o índice de percolação nos difusores, e desgastam, prematuramente, os equipamentos, dificultando os tratamentos de caldo e aumentando o custo do transporte da cana.

A prática do recolhimento da palha, que cresce no setor, em decorrência dos bons preços da energia, engrossa ainda mais a quantidade de terra que segue para indústria. Os profissionais doCentro de Tecnologia Canavieira (CTC), Francisco Linero, Especialista Agroindustrial e Henrique Mattosinho D’avila, Especialista em Negócios, explicam que, tanto a palha solta, quanto a palha enfardada requerem estruturas industriais específicas para separação e processamento dessa biomassa. De modo geral em ambos os casos, a palha passa por uma sequência de processos que incluem o recebimento, abertura, limpeza e trituração da palha para que possa ser adequadamente utilizada como combustível em caldeiras.

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