Matriz do terceiro eixo, variedades modernas e uso de biológicos levam Denusa ao posto de campeã do 1º prêmio “modernidade com produtividade”
26-09-2023
Premiação idealizada pelo Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC) buscou elencar as unidades produtoras brasileiras com maior produtividade agrícola na média dos cinco primeiros cortes, com bônus para aquelas que utilizam variedades modernas
Por Leonardo Ruiz
A Denusa Destilaria Nova União S/A, com sede no município de Jandaia/GO, foi a campeã nacional da 1ª edição do prêmio “Produtividade com Modernidade”, que buscou condecorar as unidades produtoras brasileiras que alcançaram o maior índice IAC de produtividade com modernidade (IIPM), que considera a produção de açúcar por hectare na média dos cinco primeiros cortes (TAH5), com um bônus extra para as companhias que utilizam variedades modernas de cana-de-açúcar em seus planteis. A premiação é um projeto do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC) em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa (Fundag).
Com um TAH5 de 14,33 e um Índice de Liberação Varietal (ILV) de 12,11, a Denusa se destacou entre as 219 empresas participantes, que juntas totalizam 356,7 milhões de hectares de cana-de-açúcar, cerca de 62% da área cultivada no país. Ao receber o troféu, o gerente agrícola da destilaria, Pedro Abrahão Barbosa, agradeceu aos mais de 1200 colaboradores da empresa, que, segundo ele, foram essenciais para a obtenção do prêmio.
Para o gerente de planejamento agrícola da Denusa, Antônio Carlos de Oliveira Junior, esse prêmio é resultado dos esforços da companhia em qualificação de mão de obra e investimento em pesquisa. “Ao longo da última década, temos reestruturado nosso manejo, a começar pelo plantel varietal, formado atualmente por materiais modernos e com características que favorecem a mecanização, como porte ereto e alta população de colmos.”
IACCTC05-2562, IACSP95-5094, IACSP96-2042, IACSP01-5503 e IACSP97-2421 estão entre as variedades mais cultivadas nos canaviais da Denusa. Em fase de ampliação em área comercial, os destaques ficam por conta das RB985476, RB987935, RB966928, RB975952, RB975242 e RB064292. Já as CTC4, CTC 15, CTC20, CTC9003, CTC9002 e CTC9001 estão deixando de serem plantadas.
Representantes da Denusa recebendo o prêmio das mãos da equipe do Centro do Cana do IAC
Foto: Leonardo Ruiz
A adoção da Matriz do Terceiro Eixo também foi fundamental para o crescimento da produtividade agrícola da companhia, que saiu de 49 toneladas por hectare (TCH) para mais de 100 TCH. Oliveira Junior explica que esse sistema busca mitigar e reduzir a exposição dos canaviais ao déficit hídrico através da colheita que segue uma ordem cronológica, iniciando a safra com as canas mais novas e finalizando com as mais antigas. “Nos três primeiros anos de adoção, registramos um incremento na produção de 15% a 30%, sem falar do aumento de longevidade e redução de custos.”
Outros fatores que ajudaram a elevar a produtividade agrícola dos canaviais da Denusa, que nesta safra deve processar cerca de 1,4 mi/ton de cana-de-açúcar, incluem: uso de inibidores de florescimento em 100% da área; foco em controle biológico (90%) para o manejo de pragas; nutrição majoritariamente orgânica; produção interna de Mudas Pré-Brotadas (MPB) para desenvolvimento de viveiros com mudas certificadas e inscritas no RENASEM-MAPA e construção de um perfil de solo que apresente uma estrutura que favoreça a respiração das raízes e o armazenamento e disponibilidade de água e nutrientes em quantidades suficientes para as plantas exercerem todo o seu potencial genético de produtividade.
Fonte: CanaOnline