Meiosi-MPB e a experiência na fazenda Belo Horizonte
01-02-2017

Essa linha de cana tem condição de saída de 1x20 linhas, mas produz cana-muda suficiente para cobrir de 30 a 32 linhas
Essa linha de cana tem condição de saída de 1x20 linhas, mas produz cana-muda suficiente para cobrir de 30 a 32 linhas

Em 2013, a BASF e o produtor Ismael Perina, de Jaboticabal, SP, fecharam uma parceria para implementar o sistema de Meiosi (Método Inter-rotacional Ocorrendo Simultaneamente) com mudas de cana pré-brotadas (MPB) AgMusa™.

A proposta da parceria era tombar uma cana sadia em solos revigorados por outras culturas, turbinando, dessa forma, seu desempenho. E também conferir os benefícios decorrentes da utilização das mudas AgMusa™. “Entre eles, pode-se destacar a redução de custos na formação de viveiros e implantação do canavial comercial; maior velocidade na introdução de novas variedades; incremento de sanidade (menor risco da ocorrência de doenças como raquitismo e escaldadura); eliminação de riscos de transporte e introdução de pragas (Sphenophorus levis) via mudas e formação de canavial comercial com viveiro de mudas de alta qualidade”, enumera Nilton Degaspari, gerente de Novos Negócios da BASF.

“Começamos plantando 2 linhas de cana e 8 de amendoim, com espaçamento de 50 cm entre as mudas. Mas no primeiro ano já vimos que não seria necessário, porque a quantidade de cana-muda resultante dessas 2 linhas foi demais. No ano seguinte, plantamos 2x14 e ainda sobrou muita muda, fomos evoluindo e no terceiro ano plantamos 1x14 linhas, com MPB com espaçamento de 60 cm. Em 2016, plantamos 1x20 linhas, 10 sulcos de cada lado e espaçamento entre as mudas de 60 cm”, conta Ismael.

Em 20 de dezembro de 2016, a equipe da CanaOnline visitou a área onde as mudas pré-brotadas AgMusa™ foram plantadas em 13 de julho de 2016 e são da variedade CTC 9005 HP. O amendoim, plantado no começo de novembro, será colhido em março, e logo após será feita a desdobra da linha de cana. O plantio será manual, e serão utilizadas em torno de 4,5 toneladas de cana-muda por hectare, bem diferente das 20 toneladas, que é a média do setor.

“Isso gera economia em torno de 2 mil a 2,5 mil reais por hectare. Só na operação de plantio”, salienta Ismael. Além, disso, ainda vai sobrar cana, que irá para a usina. “Essa linha de cana tem condição de saída de 1x20 linhas, mas produz cana-muda suficiente para cobrir de 30 a 32 linhas, é que cada touceira tem entre 22 a 25 colmos viáveis, o que resulta em mais de 2 milhões de gemas por hectare, e na multiplicação é isso que é importante: a gema.”

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