Mercado, bioeletricidade e Código Florestal marcaram a 4ª. Conferência Datagro Ceise Br
26-08-2015

Sob o comando de Plínio Nastari, presidente da Datagro, aconteceu na manhã de ontem, no auditório da Fenasucro & Agrocana 2015, em Sertãozinho, mais uma edição da Conferência Datagro Ceise Br. Um evento que já se tornou tradicional na abertura da programação da feira por analisar a conjuntura do setor sucroenergético a partir da ótica de grandes especialistas. 

Entre os discursos de abertura da conferência, o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, destacou que está na hora de a sociedade reconhecer tudo o que o setor sucroenergético já fez, tem feito e irá fazer pelo país, seja na geração de energia limpa ou na produção de combustível renovável. Segundo ele, qualquer preço que a sociedade pague a mais nesse momento pelas externalidades desta energia será menor pelas do que o que ela irá pagar no futuro caso essa crise se agrave.
Como de praxe, o seminário se iniciou com os números e análises da Datagro tanto sobre o cenário internacional, como sobre o cenário brasileiro em relação à produção de cana, açúcar, etanol e energia, além de tendências, novos produtos e mercado.
Durante a conferência, o presidente da Datagro, Plínio Nastari, afirmou que os destinos de exportação de açúcar do Brasil sofreram alterações nos últimos anos. "Em 2004, o principal destino era a Rússia, com 20% do volume. No ano passado, a China foi a maior importadora, com 9,5%".
Ele relatou ainda que, em 2015, a produção dos EUA deve atingir 56 bilhões de litros de etanol. "Com esse número, o país deve se manter como o maior exportador de etanol do mundo, devido ao elevado consumo interno do Brasil e a falta de maiores volumes para exportação". Segundo ele, os EUA possuem 45% das exportações mundiais de etanol.
Nastari também falou sobre a bioeletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Afirmou que o setor tem se apoiado na cogeração como atividade geradora de caixa e redutora de custos. "Em 2014, o setor exportou 14,31 mil GWh, o que representa 3,18 GW médios na safra. Porém, nosso real potencial é de 22 GW". Para ele, a cogeração de energia pelas usinas ganharia um novo estímulo caso os leilões de biomassa cheguem ao patamar de R$ 300/ MWh
Na sequência, o diretor da Sociedade Rural Brasileira, José Adrien, abordou, durante sua apresentação, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro eletrônico criado para classificar propriedades e posses rurais.
O CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, onde são cadastradas as informações ambientais das propriedades e posses rurais de todo o Brasil. O Ministério do Meio Ambiente prorrogou por um ano o prazo legal para o cadastramento, que agora termina em 4 de maio de 2016, mas que não poderá ser novamente adiado. A inscrição no CAR é necessária para garantir o acesso ao crédito rural.
A conferência foi encerrada com uma mesa que apresentou a bioeletricidade no setor sucroenergético, abordando pontos como potencial, gargalos, desenvolvimento de tecnologias e estratégias para viabilizar um projeto de cogeração.

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