Mercado de carbono em alta: primeiros passos do RenovaBio e novo índice global
30-09-2019

Os primeiros passos do RenovaBio

Até o início da semana, 13 produtores de etanol e biodiesel já haviam iniciado os procedimentos para emitir créditos de descarbonização (CBios) previstos no programa RenovaBio. Somam mais de 20 milhões de litros por dia de capacidade de produção de biodiesel e etanol.

As usinas devem começar a emitir créditos de descarbonização a partir de 2020. O volume de negócios ainda incerto, mas as estimativas apontam para mais de R$ 2,6 bilhões por ano, em dez anos.

“Estamos falando de mercado, há uma volatilidade. O que sim existe é uma demanda de CBios já contratada. Em um primeiro momento, haverá uma menor oferta no mercado e a tendência é que o preço fique elevado”, afirma Ricardo Zibas, sócio-diretor de Sustentabilidade da KPMG.

A demanda contratada a que Zibas se refere são as metas individuais, que estabelecem a quantidade de CBios que as distribuidoras deverão comprar, de acordo com o volume de combustíveis fósseis vendidos no ano anterior.

O que levará a uma demanda concentrada, ao menos no início. Reflexo do mercado de combustíveis, a BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen serão responsáveis pela compra de mais 66% dos CBios disponíveis no mercado. As metas passarão a vigorar a partir de 24 de dezembro deste ano.

 

Por Gustavo Gaudarde

EPBR