Mesmo na crise é possível melhorar resultados
10-12-2015

As empresas consideradas referência em gestão podem gerar resultados cerca de 50% melhores que a média do setor em que atuam. Gestão é um tema muito amplo que pode envolver múltiplas ações voltadas para diversos objetivos. Porém, quando se trata de um momento de crise, se torna mais necessário olhar para os custos. O baixo faturamento, proveniente das condições adversas do mercado, pode ter impacto menos significativo nos lucros se os custos forem bem geridos.

Na PwC Brasil, o modelo de gestão de custos é divido em duas fases interligadas. A primeira delas é baseada na aceleração de resultados. O foco nesse momento é obter um retorno financeiro rápido, que pode ser atingido, por exemplo, por meio da eficiência tributária. Identificação de créditos não apropriados e de cargas tributárias que podem ser reduzidas geram benefícios de curto prazo com impacto imediato nos resultados financeiros e, nessa primeira fase, o retorno financeiro que a empresa obtém gera o financiamento para pagar a segunda fase.


A segunda fase é focada na mudança da cultura da empresa, visando uma redução de gastos sustentáveis. Portanto, exige estruturação da gestão orçamentária, melhorias de controles e envolvimento e capacitação de diversos gestores da empresa. Os resultados não são imediatistas, como na primeira fase, mas as ações implementadas representam um divisor de águas para a empresa quando se trata do tema custos. O foco será sempre no binômio custo = preço x consumo. Para a alavanca “preço”, a firma conta com as melhores práticas do mercado em compras estratégicas, que podem auxiliar nas formas de negociação com fornecedores, revisão de contratos, técnicas de parametrização, etc. Na alavanca “consumo”, a PwC Brasil estabelece comparações entre áreas similares ou utilizando benchmark para identificar quais as áreas que estão consumindo mais uma determinada natureza do gasto e quais as que estão consumindo menos. A partir dessa diferença, são estabelecidas as lacunas e planos de ação estruturados.

É importante tomar cuidado com cortes lineares, pois essa ação pode trazer impactos significativos para as organizações. Por exemplo, uma empresa, forçada pelas condições econômicas desfavoráveis, pode decidir impor um corte linear de 12% em todos os custos. O resultado será negativo, pois gestores que têm um orçamento inchado serão menos prejudicados do que aqueles que realmente buscam gerenciar os custos e construir um orçamento enxuto. O maior impacto está associado à percepção desses gestores sobre a previsão de gastos, e a tendência é que todos passem a construir um orçamento mais “folgado” para amenizar os impactos de uma possível crise e novo um corte linear.

Neste contexto, a gestão de custos é, com certeza, um dos melhores caminhos para enfrentar o momento delicado que atravessa o Brasil. Reagir diante dos desafios e acelerar mudanças internas são os primeiros passos para se sobressair diante desse cenário.

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