Método de antecipar a aplicação de defensivo aumenta controle da Cigarrinha-da-raiz
23-06-2015

Na opinião de Michel da Silva Fernandes, gerente de desenvolvimento técnico da Usina Cerradão, de Frutal, MG, a Cigarrinha-da-raiz é a principal praga da cana-de-açúcar, devido ao fato de poder ser encontrada em todas as regiões canavieiras do Brasil.

A incidência da praga tem aumentado nos últimos anos devido ao advento da colheita mecanizada. Isso acontece, pois encontrou, nos canaviais, um novo cenário que é mais favorável para seu desenvolvimento. Esse aumento ocorre especialmente em locais de temperatura elevada, onde se têm condições de alta umidade, proporcionadas pela abundante cobertura vegetal deixada no solo. Os antigos procedimentos de queima contribuíam com a destruição de parte dos ovos depositados no solo e na palhada. Por isso, o ato de retirar totalmente a palha, deixando o solo exposto, cria um ambiente desfavorável aos ovos que entram em diapausa.

Entre os prejuízos causados pela Cigarrinha-da-raiz, estão a redução do teor de açúcar nos colmos, aumento do teor de fibras e dos colmos mortos, o que diminui a capacidade de moagem, além da extração de grande quantidade de água e nutrientes das raízes pelas ninfas.

Para Fernandes, a prevenção é a melhor forma de controle da praga. Para isso, ele recomenda a utilização de mudas sadias, sem esquecer-se dos controles biológicos e químicos. “Passamos a utilizar uma nova forma de manejo de controle, antecipando a praga, aplicando o defensivo em muda. Estamos cortando a soqueira e aplicando o produto, dessa forma, quando voltar a chover (época que a cigarrinha irá aparecer), o canavial estará protegido. Esse procedimento já tem dado uma resposta muito boa”, afirma.

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