Minuto de silêncio em reflexão à morte dos canaviais
14-10-2016

Durante o 10º Grande Encontro sobre Variedades de Cana, que o Grupo IDEA promoveu nos dias 28 e 29 de novembro, um convite feito aos participantes chamou a atenção. Entre uma palestra e outra, Dib Nunes, organizador do evento, pediu a todos para fazerem um minuto de silêncio... em alusão à morte dos canaviais.

O objetivo da proposta foi levar todos os presentes a pararem alguns instantes e refletirem sobre todos os problemas que têm levado tantos canaviais a morrerem. “Muitas lavouras de cana chegam ao fim por pisoteio, arranquio, pragas, doenças, maus tratos, matocompetição, excesso de pragas, de doenças. Com tantas ameaças, não há variedade que aguente”, lembra Dib.
A produtividade do setor sucroenergético caiu demais por conta destas agressões que são cometidas contra o canavial. “Esta homenagem póstuma aos canaviais que já morreram é uma forma de pedir a todos uma mobilização contra as agressões que se cometem contra a cana-de-açúcar nas práticas diárias das empresas. A cana é um ente vivo, são plantas. Não podem gritar, reclamar, mas vão produzir menos. É a resposta que nos dão.”
Dib frisa que, se o produtor não cuidar da lavoura, nenhum canavial será produtivo. O canavial tem que ser cuidado como um filho.
Tanto a falta de recursos como a negligência são importantes fatores que têm levado à morte da cana. Além disso, há uma pressão muito grande em busca de resultados e por redução de custos.
Dib destaca ainda o sistema mecanizado, que consome gastos enormes. Quando aumenta o rendimento operacional geralmente reduz os custos.
O setor sucroenergético e o país vislumbram uma luz no fim do túnel no atual momento. “É momento de recuperar o estrago feito nos últimos anos. Acredito que esta retomada é possível em dois a três anos.”
“Mas tem situações que vão continuar acontecendo. Talvez por falta de conhecimento, ou de recursos, mas muita gente que cuida do canavial vai continuar fazendo errado. Temos que estar atentos e corrigir”, finaliza Dib.

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