Movimento de protesto em Sertãozinho reúne milhares de pessoas pela retomada do setor

28-01-2015

Segundo os organizadores, evento reuniu 15 mil pessoas, parando duas rodovias que cortam a cidade

Empresários e funcionários da indústria de base, representantes de entidades patronais e de trabalhadores, comerciantes e comerciários marcharam juntos para pedir apoio à retomada da cadeia sucroenergética. Ontem, 27 de janeiro, a cidade de Sertãozinho se uniu para pedir socorro, especialmente contra as políticas adotadas pelo governo federal que levaram o setor sucroenergético a uma das crises mais longas de sua história. Em polos que oferecem tecnologia e serviços para a agroindústria canavieira, como Sertãozinho, Piracicaba, Matão, as empresas da cadeia contabilizam prejuízos, pátios ociosos e inúmeras demissões, além da queda da arrecadação dos municípios.
Segundo os organizadores, cerca de 15 mil pessoas participaram da manifestação que movimentou Sertãozinho. Além da população sertanezina, também estiveram trabalhadores, sindicatos, empresários e produtores de cana de todo o estado. “Aqui, nesse ato de protesto, se inicia um novo momento de luta e reivindicação pela retomada do setor, mas que exige união do setor e de seus trabalhadores”, disse Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
“Com o descaso que se tem com o setor, todo investimento que fizemos ao longo de décadas está se acabando. Estamos aqui lutando para que o setor volte a investir e produzir”, destacou Antônio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise-Br.
Segundo o prefeito de Sertãozinho, Zezinho Gimenez, o objetivo da manifestação é sensibilizar o governo federal da relevância do setor sucroenergético e da dificuldade que suas políticas, ou falta delas, têm imposto a um dos segmentos mais importantes para a economia do interior do país. “Nossa presidenta não tem o direito de jogar no lixo este setor. O etanol é nosso. É um patrimônio nacional e ninguém pode descartar uma fonte energética como essa. Quantos países não gostariam de ter à disposição esta energia limpa?”, indagou. De acordo com Gimenez, assim como no passado, o setor está disposto a levar para Brasília milhares de pessoas para mostrar a dificuldade da cadeia sucroenergética e reivindicar mudanças.
Dentre as lideranças políticas que marcaram presença, destacaram-se as presenças do secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim; dos deputados Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), Leo Oliveira, Davi Zaia, Welson Gasparini e Antônio Carlos Mendes Thame; do prefeito de Sertãozinho, Zezinho Gimenez, e outros prefeitos da região; do vereador Nilton César Teixeira, que no ato representou a Câmara Municipal; e do secretário municipal de Indústria e Comércio, Carlos Roberto Liboni, além de outros secretários municipais.
Como representantes das entidades realizadoras, receberam destaque as participações do presidente da Orplana e Canaoeste, e diretor superintendente da Copercana, Manoel Ortolan; do presidente do CEISE Br, Antônio Eduardo Tonielo Filho; do presidente da OAB, Joanilson Barbosa dos Santos; do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Samuel Marqueti; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentos, Antônio Vitor; do presidente da AMASERT, Claudinei Luís Silva; do presidente do SINCOMERCIÁRIOS, Jonathan Faleiros; do presidente da ACIS, Geraldo Zanandréa; do coordenador do projeto Governança Corporativa da Cadeia Produtiva Sucroenergética, Evandro Ávila, entre outros.

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