MPB ajuda produtores a recuperarem a defasagem em variedades de cana
16-02-2016

A Coplana (Cooperativa Agroindustrial) verificou, por meio do Censo Varietal que realizou com os cooperados, que há uma grande defasagem tecnológica em relação a variedades de cana. “Muitos plantam as mesmas variedades há 20, 30 anos”, diz Renata Morelli, gerente de Tecnologia Agrícola e Inovação da cooperativa.
“Além disso, percebemos que eles têm ambientes de produção em que estão alocadas variedades menos produtivas e pagando tratos culturais em cima de uma variedade que não está respondendo ao investimento, deixando de atingir o verdadeiro potencial daquela área.”
Mas os produtores que começam a plantar mudas pré-brotadas (MPB) dentro do programa “Mais Cana, Mais Produtividade no Canavial”, da Coplana, têm a oportunidade de conhecer e introduzir novas variedades em suas propriedades.
Aos polos que fazem parte do programa, são oferecidas para a formação dos viveiros pré-primários doze variedades distintas, de diferentes instituições de pesquisa (IAC, RIDESA e CTC). “O produtor pode escolher qual variedade prefere utilizar no seu viveiro, para depois reproduzir na sua área.”
Desta forma, segundo ela, o produtor sai na frente, pois não fica à mercê da usina determinar qual variedade deve plantar. Pela proposta do programa, ele vai verificar que no ambiente de produção de sua propriedade o ideal será plantar a variedade x e não y. Mas definirá isso com base em informações e terá acesso a uma variedade com qualidade e sanidade por meio do programa.
Renata conta que, dentro do Mais Cana, tem produtor ousado, que resolveu plantar 16 variedades diferentes, porque achou que 12 variedades eram poucas. “Como o viveiro ocupa um pedaço pequeno, o produtor tem essa possibilidade. Assim, terá condição de analisar quais materiais têm melhor desempenho em suas áreas.”
Ela explica que o fato de o produtor ter condições de analisar o desempenho das variedades em um ambiente de viveiro o ajuda a economizar tempo e recursos com as variedades que não são promissoras para sua área. “Afinal, plantar por exemplo 30 hectares de uma variedade que não conhece é muito arriscado. Com o viveiro, o cooperado consegue introduzir variedades de forma mais rápida e com mais segurança, pois passará a conhecer as que são melhor adaptadas à sua propriedade.”

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