MPB vira aposta do produtor na busca pela maior produtividade do canavial
25-01-2016

O MPB já é realidade. A cada safra, ganha mais espaço junto ao setor sucroenergético. Em 2015, um momento importante para este processo de consolidação da tecnologia foi o estabelecimento de uma parceria entre Coplana, a Socicana e o Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, por meio do Programa Cana IAC, quando lançaram o programa + Cana, Mais Produtividade no Canavial.

Desde então, a iniciativa está sendo importante ferramenta para levar o modelo de produção da cana-de-açúcar para outro patamar. “Por meio da capacitação de recurso humano e fomento à produção de mudas de qualidade, incluindo critérios para a escolha da variedade e o sistema MPB, acreditamos na instalação de canaviais com alto padrão de sanidade e produtividade. Esta iniciativa conjunta entre Coplana, Socicana e IAC cumpre a missão mútua de auxiliar o crescimento sustentável e promover o aprimoramento tecnológico do produtor”, disse José Antonio Rossato, presidente da Coplana, no lançamento do programa.

O +cana quer assegurar também o resgate do papel do agricultor, já que a séria crise do setor tem ameaçado a sua permanência no campo. Entre as ações para o aumento da produtividade, está o incentivo à produção de mudas, uma prática que era comum na região e se perdeu ao longo dos anos. O primeiro passo, portanto, será a implantação dos Polos Regionais de MPB.

“Nós, da cadeia produtiva sucroenergética, já não temos muito tempo. Estamos pressionados, desde 2008, passando por uma crise, e nosso tempo é muito pequeno para conseguirmos reagir. Esta aproximação da Coplana e Socicana com o IAC, com certeza, vai dar uma velocidade grande na adoção de novas tecnologias”, afirmou Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC, sediado em Ribeirão Preto.

Um dos primeiros produtores que abrigou um polo do programa foi Rogério Consoni Bonaccorsi, produtor de cana em Luiz Antonio. Para ele, aderir ao programa +Cana está em sintonia com uma de suas prioridades: investir novas práticas e em tecnologia para aumentar a produtividade do canavial. Não é à toa que ele mantém uma média de produtividade superior a 100 toneladas por hectare. Ele cultiva uma área de 550 hectares.

Para participar do +Cana, ele participou do curso de MPB do Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico), em Ribeirão Preto, e plantou suas primeiras mudas pré-brotadas em 2013. Ou seja, antes mesmo do lançamento do Programa Mais Cana. Mas a sua participação no programa da Coplana o ajudou a aperfeiçoar o sistema de MPB que já vinha executando.

“Hoje já estou com viveiro de variedades pré-brotadas, e fazendo multiplicação de materiais”, relata Bonaccorsi. Por isso, ele tem satisfação de dizer: “eu mesmo produzo minhas mudas”.

Bonaccorsi sabe que para ter a garantia da sanidade tanto dos viveiros como da lavoura exige muito trabalho, planejamento e atenção. “Já estamos cuidando da sanidade dos maquinários da fazenda, para não disseminar pragas e doenças. Todo implemento é desinfetado.”

Ele também já está estudando formar viveiro de cana com MPB em sistema de Meiosi. “Está na minha pauta, devo fazer a partir do próximo ano.”

Em março, quando completará um ano de criação do +Cana, a Revista CanaOnline apresentará um balanço da iniciativa.

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