Mudança na presidência da Petrobrás faz preços do açúcar despencarem
05-06-2018

A primeira sessão das bolsas internacionais após a mudança no comando da Petrobrás pressionou os preços do açúcar que voltaram a cair vertiginosamente com o temor de uma maior intervenção governamental no preço da gasolina e do diesel, que pode alterar o mix da produção brasileira da commodity.

Ontem (4) na bolsa de Nova York, o açúcar derreteu 62 pontos no vencimento julho/18, com negócios firmados em 11,90 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela de outubro/18, fechou cotada em 12,22 cts/lb, queda de 59 pontos no comparativo com a sessão de sexta-feira. As demais telas caíram entre 27 e 48 pontos.

Segundo análise do jornal Valor Econômico de hoje, "as mudanças nos rumos da política de combustíveis no Brasil renovaram a apreensão do mercado em relação ao superávit na oferta mundial de açúcar em 2017/18 e 2018/19. Segundo analistas, o mercado teme que as mudanças na presidência da Petrobrás indiquem maior intervenção no preço da gasolina e do diesel no Brasil. Caso isso se confirme, a interpretação, é que o novo contexto diminuiria o interesse das usinas pela produção de etanol, gerando maior oferta de açúcar no país".

Em Londres os fundamentos também foram de baixa. No vencimento agosto/18 o açúcar branco desvalorizou 15,60 dólares, com negócios em US$ 337,40 a tonelada. As demais telas desvalorizaram entre 5,30 a 14,20 dólares.


Mercado interno

No Brasil, segundo índices do Cepea/Esalq, da USP, o açúcar iniciou a semana em alta de 2,01% no comparativo com a sexta-feira. A saca de 50 quilos do tipo cristal foi vendida a R$ 57,33.


Etanol hidratado

O etanol hidratado, medido pela Esalq/BM&F iniciou a semana em alta, com o metro cúbico comercializado a R$ 1.764,50, valorização de 0,20% no comparativo com a sexta-feira.

Rogério Mian