Na Raízen, mulheres passam a assumir cargos de liderança até então só ocupados por homens
19-03-2020

A Raízen conta com 4164 mulheres: na foto, algumas delas ao lado de Pedro Mizutani, do conselho da Cosan, no Encontro Cana Substantivo Feminino de 2019.  Fotos: Divulgação Raízen
A Raízen conta com 4164 mulheres: na foto, algumas delas ao lado de Pedro Mizutani, do conselho da Cosan, no Encontro Cana Substantivo Feminino de 2019. Fotos: Divulgação Raízen

Na safra 2019/20, o número de mulheres em funções de liderança na Raízen, cresceu de 102 para 127

Luciana Paiva e Leonardo Ruiz

A Raízen figura entre os maiores grupos empresariais privados do Brasil. A empresa integra todas as etapas da cadeia produtiva: desde o cultivo da cana-de-açúcar até a produção e venda de açúcar e etanol, a geração de bioenergia e a distribuição de combustíveis por meio da licença da marca Shell. Na área sucroenergética conta com 26 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia + planta de etanol 2G + 1 refinaria. E tem 860 mil hectares de área agrícola cultivada.

Seu time de profissionais é composto por cerca de 29 mil funcionários, dos quais 4.164 são mulheres, representando aproximadamente 15%. A Raízen passou a implementar ações para aumentar a presença de mulheres na empresa e também de valorização de suas funcionárias. E vem obtendo sucesso, há 5 safras a participação feminina era 13,5% do total do quadro.

Porém, mais do que a quantidade de mulheres na empresa, o que mais cresceu foi o número de mulheres nas posições de liderança. Só na sagra 2019/20, o aumento foi de 24%, eram 102 líderes e o número passou para 127.  Aproximadamente 17% do quadro.

Uma das ações da Raízen para atrair mais mulheres para a empresa, é destacar a presença feminina na hora da contratação

Thaís Fornícola Neves é a primeira mulher a assumir a gerência de polo na Raízen

Dos sete polos de produção da Raízen, apenas um possui uma mulher no comando. À frente da indústria do Polo Piracicaba, que engloba as unidades Santa Helena, Costa Pinto, São Francisco e Rafard, está Thaís Fornícola Neves, que iniciou sua trajetória no setor sucroenergético nacional há pouco mais de 10 anos.

Formada em engenharia elétrica pelo Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul/SP, Thaís começou sua carreira profissional trabalhando em consultoria de sistemas e processos. Seu primeiro contato com o agro foi na própria Raízen, quando atuou como Business Partner (BP) na área de Recursos Humanos (RH). Sua principal atribuição era tentar construir uma cultura diferente na companhia, ainda muito tradicionalista.

“Gosto de pegar uma área e transformá-la completamente”, salienta Thaís

Após dois anos, migrou para o setor financeiro e, posteriormente, para a manutenção automotiva. Como gerente, se aproximou ainda mais do “mundo da cana-de-açúcar”. Responsável pela manutenção de máquinas, colhedoras e tratores, Thaís afirma ter enfrentado grandes desafios ao aceitar o cargo, cuja atribuições incluíam a definição de diretrizes e métricas, a governança dos processos e a gestão de um time composto, majoritariamente, por homens.

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