Na região de Campo Florido, MG, perda de produtividade com Colletrotrichum falcatum, em determinadas áreas, já alcança 40%
27-10-2016

O Colletrotrichum falcatum chega a ser bem pior do que a ferrugem

O primeiro “grito” da doença Colletrotrichum falcatum veio do Triângulo Mineiro, região que, até hoje, ainda é a principal afetada. E bem no meio dessa área se encontra a Unidade Campo Florido, da Coruripe, localizada no município mineiro de mesmo nome. Uma das principais características da Usina é o fato de ela não contar com área agrícola, ou seja, toda a cana processada vem exclusivamente de produtores, em sua maioria, associados à CanaCampo (Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido).

O coordenador agrícola dessa Associação, Rodrigo Piau, conta que há três anos houve uma significativa queda na produtividade e no ATR das canas fornecidas a Coruripe. Naquela época, cada produtor apontava uma determinada razão. Entre as campeãs estavam o ataque de Cigarrinha é até mesmo uso excessivo de maturadores. “Porém, sabíamos que essas não eram as principais causas, já que essas áreas eram muito bem cuidadas. Além disso, os levantamentos não indicavam presença de Cigarrinha.”

Após algumas suspeitas de que os canaviais poderiam estar sofrendo de alguma doença, Piau resolveu chamar o consultor Álvaro Sanguino para auxiliá-lo. “No fim, nossas canas estavam infectadas pelo Colletrotrichum falcatum.”

E, desde então, o cenário não está nada animador para aqueles produtores, pois as perdas em produtividade já chegam a alcançar 40% em determinadas propriedades. “Embora apareça mais em variedades suscetíveis, essa doença não está escolhendo cultivares. Quando chega a determinada área, ela judia bastante. Dá até dó abrir uma touceira e encontra-la toda morta.”

Para o coordenador agrícola, o Colletrotrichum falcatum chega a ser bem pior do que qualquer outra doença, inclusive, do que a ferrugem. “Hoje, estamos apenas tentando conviver com ela, já que não existem variedades resistentes e nem mesmo agroquímicos registrados”.

A orientação de Piau para seus associados, ao menos por enquanto, é a de aguardar os resultados de diversos experimentos que estão sendo conduzidos e a posição das instituições de pesquisa e das multinacionais. “Estamos esperando que alguém nos dê alguma alternativa de controle, pois, no momento, estamos sem saber qual caminho tomar.”

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