Na renovação do canavial, implemento estraçalha soqueiras de cana favorecendo o controle de pragas
20-08-2020

Redução da infestação ocorre por meio do controle mecânico e por causa da exposição de larvas à ação do sol e de aves

A escassez de chuva durante o inverno – e, geralmente, no início da primavera – abre caminho para o uso do Eliminador Mecânico de Soqueiras, que destrói restos da cultura da cana-de-açúcar e, em consequência disto, ajuda a diminuir a incidência de pragas nas áreas de reforma, entre as quais, Sphenophorus levis, Migdolus, broca gigante, broca peluda e nematoides.

“O uso do Eliminador de Soqueiras em áreas com infestação de Sphenophorus é atualmente uma prática quase indispensável para reduzir, de maneira significativa, a população desse inseto”, destaca o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.

Além do modelo tradicional bastante utilizado no mercado, a DMB também está disponibilizando o Eliminador Mecânico de Soqueiras para Espaçamento Combinado. Ambas versões destroem simultaneamente duas linhas de soqueiras de cana.

O cenário ideal para a eliminação de soqueiras é o de clima seco, que cria condições para o implemento levantar poeira no campo, deixando para trás da máquina pequenos fragmentos, que são espalhados pelo solo. O equipamento faz o controle mecânico de pragas, nessa operação, eliminando grande quantidade de larvas devido ao dano físico causado por um conjunto de facas montadas num sistema rotativo espiralado, que estraçalha as soqueiras.

Expostas na superfície, as larvas sobreviventes tornam-se alimento de aves, como carcarás e gaviões, ou morrem por desidratação devido à ação do sol – explica o gerente de marketing.

Para que a operação obtenha elevada eficiência no controle de pragas, Auro Pardinho sugere que a destruição de soqueiras seja feita de maneira alternada. A recomendação é eliminar, inicialmente, duas linhas, pulando outras duas que deverão ter as soqueiras destruídas dez dias após a realização da primeira operação.

Essa estratégia otimiza os resultados no controle das pragas que ficam alojadas nas soqueiras, porque torna também vulneráveis as larvas de insetos que escapam das linhas de cana onde ocorreu a ação inicial do eliminador mecânico. A tendência é que as sobreviventes – que ficaram, por exemplo, protegidas debaixo da terra – migrem para onde tenha soqueira, sendo mortas na segunda operação.

Fonte: CanaOnline