NA SANTO INÁCIO, PREOCUPAÇÃO COM DETALHES RESULTA EM PLANTIO COM QUALIDADE
30-10-2015

Edson Girondi, gerente agrícola da Unidade Santo Inácio, no Paraná, que integra o Grupo Alto Alegre, conta que, como a realidade do setor passou a ser o plantio mecanizado, a resposta da empresa foi fazê-lo da melhor forma. Para isso, investiu em treinamento das equipes. “No começo houve muitas falhas, teve gasto grande de mudas, mas graças aos treinamentos, esse sistema foi aperfeiçoado.” Houve também cuidado com os detalhes, como desde a escolha da variedade com melhor resposta de brotação com o plantio mecanizado, a seleção de as pessoas certas para fazer o plantio mecanicamente.

O resultado satisfaz Girondi. “Evoluímos de forma tal que hoje estamos com o mesmo percentual de falha em relação ao plantio manual: 5%. Bem diferente de quando as máquinas começaram a realizar o plantio na usina, quando o índice de falhas era de cerca de 30%. No campo da Santo Inácio, ao se olhar, não se vê diferença entre o plantio mecanizado e o manual”, ressalta. Na unidade, o plantio mecanizado ainda está na casa de 50%. Mas Girondi acredita que, por volta de mais dois ou três anos, isso vai se aproximar de 90% e até chegar em 100%.

Na Santo Inácio, a quantidade de mudas utilizadas por hectare fica entre 16 e 17 toneladas, a média do setor com plantio mecanizado é de 20 toneladas. Para Girondi, esse alto volume deve-se mais ao fato de a muda ser colhida com máquina. “Ela leva uma ‘surra’ e depois jogamos essa muda no sulco e queremos que ela brote.” Portanto, é imprescindível que se colha bem a muda, além da escolha certa da variedade, de um plantio na hora correta (com umidade) e do treinamento da equipe. “Se fizer isso, já está com 70% do caminho andado para se ter uma área bem plantada.”

Para ele, o preparo da área é essencial para o plantio. Precisa ter um solo totalmente destorroado. “A área pode até ser canteirizada, com entrelinhas da sulcação e sem mexer no solo, mas a linha que vai receber a cana tem que estar com o solo totalmente destorroado, bem solto e fofo. Senão, o índice de falhas será maior ainda.”

A recomendação técnica da adubação na Alto Alegre é a mesma, mas a colocação do adubo no fundo do sulco requer cuidado. “Com a plantadora que temos, o adubo cai junto com a cana. Fizemos uma adaptação, em que o adubo vai de 5 a 10 cm abaixo do tolete, para que não haja interferência. É que quando se usa adubo com cloreto de potássio, esse cloro é prejudicial à brotação da cana. Se distanciá-lo, se tem melhor performance na brotação.” Esse é um dos pontos de sucesso do processo na Santo Inácio. Outro diferencial, conta Girondi, é que, quando as plantadoras chegaram à unidade, deixavam a cana cair no sulco num ângulo de 45 graus, que é como geralmente as máquinas fazem. “Hoje colocamos a cana deitada, ficando na horizontal dentro do sulco. Isso diminui a recobrição, o que é outro ponto positivo.”

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