Na Usina Alta Mogiana, levedura personalizada vira tese de doutorado
01-09-2015

A Usina Alta Mogiana é uma das empresas que apostou na tecnologia de leveduras personalizadas. “O resultado é que passamos a conhecer a levedura com a qual trabalhamos. Com isso, se identifica as sensibilidades dela, quais são as formas ideais para que possa se multiplicar, as condições de estresse que apresenta, e então evitamos tais condições. A grande vantagem é efetivamente esse conhecimento do ser que está servindo a nossa indústria”, explica Fernando Vicente, diretor industrial da Usina Alta Mogiana, de São Joaquim da Barra, SP.

Para ele, os ganhos com a personalização da levedura que é utilizada no processo industrial da usina são tão evidentes que transformou o assunto na tese de seu doutorado, concluído recentemente. Este estudo começou em 2002 e se estendeu até 2009, quando Fernando Vicente encontrou a levedura. “A partir de 2010 começamos a introduzi-la a partir do início de safra. Hoje já estamos com cinco safras seguidas com a presença desta levedura, sendo que na primeira safra apareceu espontaneamente.” A levedura ganhou o nome de UAM-1 (Usina Alta Mogiana 1).

“Fiz meu doutorado sobre a levedura personalizada da Alta Mogiana. Conseguimos efetivamente mensurar que tivemos dois grandes ganhos: economia do transporte de vinhaça e economia de energia. A levedura, por permitir trabalhar com teor alcoólico maior, nos possibilitou economizar com bagaço.”

Apesar disso, a Alta Mogiana verificou uma desvantagem. A levedura selecionada tem uma aptidão de produção maior de espuma. “Isto exige que gastemos mais produtos químicos. Apesar disso, fizemos a conta final e realmente chegamos a um resultado muito significativo para a usina.”
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