Na Usina Santa Vitória as mulheres representam aproximadamente 11% do quadro de funcionários
07-03-2016

Vandereza Conceição Rodrigues Franco é motorista de rodotrem na Santa Vitória

Na Usina Santa Vitória (SVAA), localizada em Santa Vitória, MG, as mulheres atuam em diferentes áreas. Atualmente a empresa conta com 143 colaboradoras, que representam aproximadamente 11% do quadro de funcionários.

Em funções de liderança na SVAA, 8,2% são mulheres, que ocupam cargos de supervisão de Desenvolvimento Agronômico, Desenvolvimento Organizacional, gestão de Laboratório, líder da área de Controle de Pragas, dentre outros.

Já 62 colaboradoras da companhia estão no departamento agrícola, sendo que 22 no setor de mecanização, cargos historicamente e predominantemente ocupados por homens. Elas trabalham na operação de máquinas agrícolas (trator, colhedora e plantadora), na direção de veículos de grande porte (motoristas de comboio e rodotrem) e manutenção agrícola (mecânica de motores e de máquinas agrícolas).

Uma delas é Vandereza Conceição Rodrigues Franco, 39 anos, que entrou na SVAA há quatro anos como operadora de transbordo e hoje é motorista de rodotrem.

Ela está acostumada a quebrar paradigmas por onde passa. Antes de surgir a oportunidade na usina, era motorista de caminhão de coleta de lixo na cidade de Santa Vitória. “Fui a primeira mulher nesse cargo na empresa, e abri portas para que outras fossem contratadas. Mas depois me senti realizada quando entrei na usina”, diz.

Nunca teve problema de discriminação na empresa. Ao contrário. “Quando entrei, ficava me perguntando se daria conta, achava que era um cargo apenas para homens, mas não foi difícil me adaptar. Percebi que o mito que existia estava na minha cabeça.”

Vandereza entrou na usina como motorista de transbordo, o que já era uma grande conquista. Mas ela não sabia que estava sendo avaliada, até que foi informada que poderia desenvolver bem o papel de motorista de rodotrem. Aceitou o desafio de cara.

Nem se intimidou com o tamanho da composição. “No transbordo eu já puxava duas trelas, com 33 metros incluindo o cabeçalho. Já o rodotrem tem 30 metros de cumprimento.”

A rotina do trabalho não é fácil. Chega na usina por volta de 5h30 da manhã, quando entra numa van que a deixa onde o rodotrem está operando. “Ao chegar, temos o primeiro contato com o parceiro que informa sobre a frente de serviço, sobre o trajeto do caminhão, sobre como está o equipamento. Aí abro o informativo, faço o ckeck-list, verifico os pneus para ver se terei algum problema no trajeto”, explica. “Olho tudo com cautela para ter uma boa viagem”, completa. Com tudo pronto, é só seguir caminho.

Ela nunca deixa de estar devidamente paramentada com os equipamentos de proteção (EPIs) oferecidos pela usina. “No que diz respeito à segurança, a mulher é mais precavida. Se vê uma trinca, logo de imediato informa seu superior. Não podemos ignorar, senão pode ocorrer algum acidente mais tarde com a gente ou com o próximo motorista.”

Casada há 18 anos e com dois filhos, ela nunca ouviu reclamação do marido por desempenhar uma função normalmente ocupada por homens. “Ele confia em mim e fica até orgulhoso quando ouve de conhecidos elogios sobre a coragem de sua mulher em dirigir um rodotrem.”

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