Na Usina São Manoel, a água vale ouro
04-02-2015

A empresa reduziu em 22% a captação específica por t/cana

Um dos grandes desafios ambientais do Século XXI é o aperfeiçoamento da gestão da água e isto fica ainda mais evidente com a atual crise hídrica enfrentada por várias cidades do Estado de São Paulo. Mas não apenas o consumo doméstico de água deve ser repensado. Também as empresas, tanto industriais como agrícolas, precisam investir nesta área.
Para a agroindústria sucroenergética esta questão não é menos desafiadora. Usinas e fornecedores de cana assinaram no Estado de São Paulo o Protocolo Agroambiental, que estabeleceu 2014 como prazo para o fim da colheita com queima em áreas mecanizáveis de cana-de-açúcar. E o setor está em dia no cumprimento desta meta, atingindo mais de 83% de mecanização nas áreas de colheita neste ano.
Mas o Protocolo Agroambiental também estabelece outras metas ao setor canavieiro, como a redução do consumo de água no processo de produção. Isto exige investimentos e adequações, mas algumas usinas do setor estão se adiantando, seguindo a passos largos em direção ao melhor gerenciamento dos recursos hídricos.
Exemplo nesta área vem de uma das usinas sucroenergéticas brasileiras mais preocupadas com a sustentabilidade do negócio: a São Manoel. A empresa prepara-se para lançar o quinto relatório de sustentabilidade consecutivo, desta vez referente ao ciclo 2012/2013 e 2013/2014 e alinhado à versão mais recente do Global Reporting Initiative (GRI).

MENOR CAPTAÇÃO - A água que abastece a Usina São Manoel vem de circuito fechado, com alto porcentual de reuso. A empresa também possui um dos menores índices de uso de água do setor por tonelada de cana.
Na São Manoel, há consumo de água apenas no processo industrial, em que a matéria-prima é processada para se transformar em açúcar, etanol, levedura seca inativa hidrolisada e autolisada, e bioeletricidade. Para suprir a própria demanda, possui outorgas regulares para captações superficiais e de poços profundos.
A usina reduziu em 22% em relação à safra 2012/2013 a captação específica por t/cana moída, decorrente de série de melhorias introduzidas ao longo do período, com destaque para a operação do sistema de resfriamento de excedentes de condensados de vapor vegetal. O nível de captação de água está em menos de 1 m³/t de cana (média de 0,76 m3/t de cana).
Outra iniciativa adotada pela São Manoel foi a substituição, no processo de destilação, do vapor de escape borbotado nas colunas B por vapor vegetal, o que economiza vapor de escape e, consequentemente, água. Porém, ainda sem alterar a relação vinhaça/etanol. Esta era uma meta da organização, que foi atingida em maio de 2014.
Hoje, a São Manoel alcançou a reutilização de 96% da água necessária ao processo da empresa.

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