Não é fogo de palha!
07-07-2015

Recolhimento de palha de cana está em alta no setor. O processo ainda está sendo aperfeiçoado, mas já se sabe que veio para ficar

Luciana Paiva

A fotografia dos canaviais brasileiros tem mudado muito nos últimos tempos. Cada vez mais, o fogo sai de cena e com ele a figura enegrecida do cortador de cana. As máquinas ocupam o espaço dos facões e ao fazer a colheita encobrem o solo com uma chuva de palha de cana.

Muitos defendiam outras finalidades para a palha da cana além da missão de proteger, nutrir o solo e preservar a umidade. Mas um dos primeiros a enfarda-la e leva-la para a indústria para que fosse transformada em energia, foi o produtor e engenheiro agrônomo Luiz Carlos Dalben, diretor da Agrícola Rio Claro, de Lençóis Paulista. A prática teve início em 2004 e a palha sempre foi fornecida ao Grupo Zilor. A partir da iniciativa de Dalben, o canavial ganhou a presença de aleiradores, enfardadoras de palha, fardos e pranchas para embarque.

Durante um bom tempo, o exemplo de Lençóis Paulista de recolhimento de palha de cana era o único no setor, ou pelo menos o mais conhecido. Até surgir a Granbio, em 2011, lá em São Miguel dos Campos, em Alagoas, com a primeira fábrica de produção de etanol celulósico. E como a palha é uma das matérias-primas do etanol de segunda geração, a Granbio iniciou no setor um recolhimento “monstro” de palha, montando uma área de armazenamento para 400 mil toneladas.

O processo adotado pela Granbio é o de aleirar e enfardar a palha inteira deixada no campo.Os fardos de palha chegam à indústria, passam por um processo de trituração e limpeza de impurezas, para depois seguir para o pré-tratamento. SegundoManoel Carnaúba, vice-presidente de Operações da GranBio,por se tratar de um processo relativamente novo no setor, haverá espaço para melhorias. E estão atentos para avaliar outras soluções que tornem a prática mais competitiva.

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