“Não importa o tamanho da Fenasucro, mas a qualidade do público e das tecnologias apresentadas”
29-08-2016
A afirmação é de Pedro Mizutani, presidente do Conselho da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)
Em seu primeiro dia, a 24ª Fenasucro & Agrocana – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética – realizada de 23 a 26 de agosto, em Sertãozinho, SP, recebeu a visita de Pedro Mizutani, vice-presidente de Relações Externas e Estratégia da Raízen, o maior grupo sucroenergético do mundo, com 24 unidades produtoras, uma joint venture, criada a partir da união de parte dos negócios da Shell e da Cosan.
O enxugamento da feira pode ter preocupado muita gente, menos Mizutani, que ao ser indagado sobre essa Fenasucro & Agrocana menos volumosa, salientou: “Não importa o tamanho da Fenasucro, mas a qualidade do público e das tecnologias apresentadas.”
Mizutani que também é presidente do Conselho da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), observou que a crise depurou o setor e que sobreviveu os melhores. “Antes o setor tinha mais usinas, mas moía o mesmo volume de cana que moemos agora. Isso significa que está mais eficiente. E é o que precisamos, eficiência, aumento de produtividade e crescer verticalmente. Para isso, é necessário qualidade por parte das usinas, profissionais e empresas fornecedoras de produtos e serviços.”
A expansão desmensurada do setor vivida nos primeiros anos do século XXI, de acordo com Mizutani, atraiu muitos aventureiros motivados pelo ganho fácil, mas sem sustentação, não sobreviveram com a crise. Também foram seriamente afetadas empresas já tradicionais do setor, mas àquelas que necessitavam melhorar a gestão.
Esse quadro também é representativo para as empresas fornecedoras de produtos e serviços. A Fenasucro & Agrocana inflou na época da expansão, atraiu entrantes, estimulou gastos exagerados, até ostentação. “As dificuldades levaram os expositores a colocarem o pé no chão, cortar luxos e focar na exposição de tecnologias que o setor precisa. Também selecionou o público, a maior parte dos visitantes vem atrás de soluções para seu negócio, não dá mais para vir só a passeio”, observou Mizutani.
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