Não podemos perder o bonde do agro
16-04-2015
Por Jeffrey Abrahams*
O mundo mudou e se modernizou, por isso precisamos ter um olhar diferente quanto ao Brasil agrícola. Financeiramente, o país e as empresas possuem meios de sobra para investir mais e mais no campo, já que o retorno é sustentável. O momento atual poderá parecer sombrio, porém o olhar tem que ser no médio e longo prazo.
O crescimento significativo da busca de profissionais para dar sustentação ao desenvolvimento do mercado do agronegócio existe há cerca de uma década. O Brasil parece que está acompanhando essa ampliação, mas se der mais foco ao segmento conseguirá se destacar de forma inédita internacionalmente.
Atualmente, as empresas do agronegócio têm recursos suficientes para continuarem em ascensão. Para que esse cenário prossiga positivo, os profissionais do setor não podem deixar as oportunidades passarem diante de si. É preciso agarrá-las e impulsionar o crescimento do mercado.
Temos boas demandas em empresas que atuam em diversos segmentos do agronegócio, passando por áreas de produção agrícola, defensivos agrícolas, máquinas e implementos, biotecnologia, fertilizantes químicos, grãos e sucroalcooleiro. Além disso, o mercado mundial está cada vez mais competitivo. O Brasil já explora há algum tempo as novas fronteiras, como Cerrado, Triângulo Mineiro, Maranhão, Piauí e Oeste Baiano. Além desses fatores, o Brasil procura todas as alternativas de corredores de exportação para atender os mercados mundiais de forma mais competitiva.
O mercado de trabalho no agronegócio responde rapidamente quando há investimento, quando as safras confrontam as norte-americanas e quando o clima favorece. E sem dúvida quando a oferta de mão de obra especializada está disponível. De certa maneira a mão de obra especializada passa a ser um fator crítico de sucesso. Vamos focar nisso e continuar a fazer do Brasil o celeiro do mundo. Já temos as terras, o clima, os solos e, se a melhora ocorrer na infraestrutura e logística, o Brasil será imbatível.
*Jeffrey Abrahams é sócio-gerente da Fesa, consultoria de busca e seleção de altos executivos