Não precisa erradicar o canavial com Ferrugem alaranjada
12-01-2016

Quando a Ferrugem alaranjada (Puccinia melanocephala) chegou ao Brasil em 2009, o setor sucroenergético entrou em pânico, ela atacava, principalmente, a variedade SP 81-3250, uma das mais cultivadas naquela época. Muitos produtores erradicaram os canaviais com a 3250.

Na Usina Cerradão, localizada no município mineiro de Frutal, o medo era o mesmo, já que a SP 81-3250 era o carro-chefe da empresa. Porém, o gerente de produção agrícola da unidade, Michel Fernandes, conta que, em vez de erradicar o canavial, eles optaram por usar outra medida de manejo, uma que impedisse os altos níveis de dano econômico e que ainda permitisse que as variedades suscetíveis continuassem sendo utilizadas. A forma de manejo escolhida foi o uso de fungicida, mais especificamente, o Opera®, da BASF.

Provando a eficiência

Os primeiros sinais de Ferrugem alaranjada na Usina Cerradão apareceram em 2009, mas o pico da doença aconteceu em 2011. Naquele ano, Michel Fernandes teve que provar para a diretoria a necessidade de entrar com controle químico pesado nos canaviais afetados. Para isso, decidiu separar duas áreas com Ferrugem e tratar apenas uma delas. O resultado foi impressionante. “No canavial não tratado, tivemos perdas de 20% a 30% em Toneladas de Cana por hectare (TCH) e redução de 5 a 6 Kg de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR). Já nos locais em que o Opera® foi aplicado, conseguimos recuperar a produtividade.”

Segundo ele, esses dados provaram não só os motivos de entrar com controle químico no combate a Ferrugem alaranjada, mas também a alta eficiência e custo-benefício do Opera®. Hoje, cerca de 28% do canavial da empresa ainda é composto pela SP 81-3250, número que seria bem menor caso o modelo de combate adotado tivesse sido outro.

Além do Opera®, o combate a Ferrugem Alaranjada na Usina Cerradão ganhará mais um reforço de peso nos próximos meses. O AgroDetecta, da BASF, irá monitorar o clima e o manejo das doenças na Empresa e dar ainda mais suporte para o posicionamento sobre o momento ideal de aplicação do fungicida. O AgroDetecta permite, por exemplo, saber sobre a chegada da ferrugem e seu grau de infestação. “Essa ajuda será de extrema importância para a Usina, pois errar o timing de aplicação resultará em estouro da doença e perca de produtividade”, afirma Fernandes.

Opera® vai além do controle da Ferrugem alaranjada
Atualmente, a Usina Cerradão aplica o Opera® em cerca de 20% de seu canavial, número que chega a 100% em áreas com variedades suscetíveis. Porém, Fernandes conta que o fungicida é aplicado, também, em algumas áreas que não possuem problemas com Ferrugem alaranjada. O objetivo nesses locais é o ganho de produtividade, obtido por meio do efeito AgCelence, marca internacional da BASF. “Através de trabalhos científicos realizados na Usina, visando avaliar os efeitos desse sistema na ausência de patógenos, observamos ganhos médios de produtividade na ordem de 4 a 6 toneladas por hectare.”

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