Nesta quarta-feira, 15, acontece assembleia de recuperação judicial das usinas Santa Rita e Maringá
14-12-2021

Assim já foi a Usina Maringá
Assim já foi a Usina Maringá

As unidades pertencem ao Grupo Diné, tiverem o pedido de recuperação judicial aprovado em junho de 2020 e apresentam uma dívida calculada em 4 bilhões de reais

Em junho de 2020, a Usina Maringá, localizada em Araraquara e a Santa Rita, instalada no município de Santa Rita do Passo Quatro, as duas no interior paulista, tiveram seus pedidos de recuperação judicial (RC) aprovados. As unidades pertencem ao Grupo Diné. Com a recuperação aceita, a justiça determinou que a R4C Empresarial assumisse como a administradora judicial das usinas e das demais companhias do grupo. No total, são 18 empresas, incluindo a controladora, produtoras rurais e empresas de distribuição e transporte.

Antes da aprovação da RC, as usinas atravessaram vários anos de crise. A Maringá deixou de moer em 2013, seu parque industrial foi sendo arruinado aos poucos e parte de sua área, incluindo a colônia foi invadida por sem tetos e ex-funcionários que não haviam sido pagos pela empresa. A Santa Rita havia deixado de moer em 2014, mas após aprovação da RC voltou a moer, mas com capacidade reduzida, nesta safra moeu 600 mil toneladas.

Apesar da dívida com os credores ser de quase 4 bilhões, segundo fontes ouvidas pela CanaOnline, são boas as expectativas de acerto nesta assembleia que acontece no dia 15 com os credores.

A habilidade de negociação de Nelson Afif Cury, diretor do Grupo Diné, o compromisso de envolver ativos do Grupo no pagamento da dívida, a gestão profissionalizada, o foco na produção sustentável, e mais o excelente momento em que atravessa o setor sucroenergético, são os pontos altos da possibilidade de redução considerável da dívida, retomada de investimentos para que a Santa Rita passe a ser uma importante unidade produtora, além de ser um marco histórico para a retomada do Grupo.

Já a Maringá não voltará a moer, em sua área será implementado um arrojado projeto urbanístico.

Fonte: CanaOnline