No ano passado, as chuvas esconderam as mazelas da safra; já em 2016 o clima poderá trazê-las à tona
09-05-2016

Para Luiz Carlos Corrêa Carvalho, diretor da Canaplan e presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), o clima vai ser a grande variável da safra 2016/17. 

Se por um lado, no ciclo do ano passado, as condições climáticas esconderam as mazelas da safra, nesse ano é possível que o clima revele todas essas mazelas, ao invés de escondê-las. Isso porque a previsão é de um clima mais seco, principalmente a partir do segundo semestre quando o fenômeno La Niña deverá ser instalar.
Depois de o El Niño marcar a safra 2015/16, a expectativa é que o clima no Centro-Sul seja de normalidade por alguns meses - uma fase de transição antes da constituição, de fato, do La Niña.
Mas a menor incidência de chuvas já começa a trazer preocupação a produtores e usinas antes mesmo da formação do novo fenômeno. Segundo Cássio Paggiaro, diretor agrícola da Clealco, uma análise do clima em meados de março levaria a estimar que abril, maio e junho fosse um trimestre caracterizado pelo enfraquecimento do El Niño, com previsão de chuvas dentro da normalidade.
“Mas não foi isso o que aconteceu nos primeiros quinze dias de abril. Tivemos zero de chuva. E pior que isso, com uma evapotranspiração muito degenerativa para a planta.”
Depois disso, até início de maio, o clima continuou seco, na média. “E qualquer déficit hídrico pode acentuar a velocidade de uma possível perda de produtividade. Seja por isoporização ou por falta de água como um todo”, alerta Paggiaro.


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