No plantio da cana, não adianta encher o sulco de plantas ou mudas

15-03-2016

Na Fazenda Belo Horizonte, em Jaboticabal, SP, o número de toneladas de cana no sulco por hectare caiu de 25 para 4,5 t/h.

De acordo com Nilton Degaspari, gerente de Novos Negócios da BASF, no passado, na operação de plantio de cana era comum encher o sulco de planta ou de muda. “Muitos ainda falavam, com orgulho, que seus canaviais pareciam repolhos, o que não adiantava nada, pois, dessa forma, os brotos competem entre si por água e nutrientes e acabam morrendo, fazendo com que, na hora da colheita, sobrem apenas 12 colmos por metro”, afirma.

Já no sistema de Meiosi com muda pré-brotada, Degaspari observa que a quantidade de nove gemas por metro é mais do que o suficiente. “Mesmo assim, a possibilidade de falhas é mínima, pois a porcentagem de brotação será de, no mínimo, 90%.” Na Fazenda Belo Horizonte, em Jaboticabal, SP, o número de toneladas de cana no sulco por hectare caiu de 25 para 4,5 t/h.

Entre os produtores que se beneficiaram com a menor quantidade de cana dentro do sulco de plantio foi o José Marcos Paro, da Agropecuária Irmãos Paro. Segundo ele, a quantidade de gemas por metro caiu de 18 no plantio mecanizado para 10 na Meiosi. “Já utilizamos esse sistema há três anos e só vejo benefícios até agora. Além do custo mais atrativo, consigo, também, um canavial com muito mais qualidade.”

Outra vantagem apontada por Paro é a velocidade de multiplicação. “Agora é possível fazer a primeira multiplicação com uma cana de 5 a 6 meses. No plantio convencional, demoraria o dobro de tempo.”

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