Nordeste: menor safra dos últimos 30 anos
30-03-2016

O ciclo 2015/16 no Nordeste deverá ter uma redução de 11 milhões de toneladas de cana em função da severidade do fenômeno El Niño

A safra 2015/16 da cana nordestina foi bastante afetada pelo fenômeno climático El Niño. Ele aquece as águas do Oceano Pacífico e provoca muita chuva na região Sul do Brasil e seca no Nordeste. Este fenômeno já é considerado um dos maiores da história. Com isso, deve haver uma redução de 11 milhões de toneladas de cana no Nordeste relacionada à safra anterior. Estima-se apenas 51 milhões de toneladas na safra atual, diferente das 62 milhões de toneladas de cana da produção anterior.

Em Pernambuco, por exemplo, que é o segundo maior estado produtor do NE, haverá uma redução de 20% da atual safra em comparação à passada. A safra 2015/2016 ainda não terminou, mas deve produzir apenas 12 milhões de toneladas de cana. Este quantitativo representa, infelizmente, a menor safra dos últimos 30 anos no estado.

Já em Alagoas, maior estado produtor de cana do NE, a redução será mais drástica. Haverá um déficit de 8 milhões de toneladas em comparação à safra anterior. Prevê-se uma produção só de 15 milhões, o que é bem abaixo das 23 milhões da safra 2014/15.

Este El Niño, de fato, tem sido um dos mais fortes, influenciando para baixo os índices pluviométricos no Nordeste. A chuva ficou bem abaixo da média histórica no período do desenvolvimento dos canaviais. Também ficou assim durante o início da moagem nos meses de outubro, novembro e dezembro, quando não choveu praticamente nada. A situação provocou a mortalidade de boa parte da soca da cana, que não brotou.

Um pouco de alento chegou no mês de janeiro de 2016, mas não devido ao El Niño. A chuva voltou na região devido ao sistema meteorológico Vórtice Ciclônico, que é responsável por chuva somente quando a sua borda fica estacionada sobre o continente. Foi isto que aconteceu e, graças a Deus, voltou a chover no Nordeste, com muita chuva. Para se ter noção, só em janeiro choveu 245% a mais que a média histórica do período.

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