Nordeste quer redistribuição do etanol importado
18-09-2019

Renato Cunha cobra mais esforços pela competitividade dos combustíveis limposFoto: Úrsula Freire
Renato Cunha cobra mais esforços pela competitividade dos combustíveis limposFoto: Úrsula Freire

 

Órgãos como Novabio Nordeste e Feplana defendem que região não suporta mais receber etanol vindo dos EUA

Por: Folha de Pernambuco 

Uma reunião com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, o líder do governo na câmara, Major Vitor Hugo, representantes do Governo Federal e do setor sucroenergético foi realizada nesta terça-feira em Brasília para negociar uma flexibilização com o governo para uma melhor distribuição dos 750 milhões de litros de etanol de milho importado dos Estados Unidos. O encontro teve o objetivo de discutir uma melhor solução para que o produto chegue em menor quantidade ao Nordeste.

Na ocasião, a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bionergia (Novabio Nordeste), que representa indústrias produtoras de açúcar, etanol e bioenergia e a Federação Dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), propuseram que parte dos 750 milhões de litros de etanol oriundos dos Estados Unidos tenha como principal destino a região centro-sul do Brasil, com a justificativa de que o Nordeste não suportaria receber grande quantidade devido a forte produção local do etanol de cana-de-açúcar.

A proposta do setor sugere que dos 750 milhões de litros que serão enviados para todo o Brasil, 700 milhões (93%) seja destinado para os estados do centro-sul, enquanto os 50 milhões de litros restantes (7%) sejam destinados para a região nordeste apenas na entressafra de junho, julho e agosto do próximo ano.

No final de agosto o Governo Federal fez a liberação de mais etanol sem imposto dos Estados Unidos para o Brasil, aumentando em 150 milhões de litros por mais um ano a entrada do produto.