Nova Iguaçu vai receber a maior usina termelétrica movida biogás
22-08-2019

 

Nesta quinta-feira (22) será uma data importante para a cidade de Nova Iguaçu.A Arcadis Logos Energia e a JMalucelli  vão inaugurar i sua primeira térmica movida a biogás – o gás extraído do lixo – no Rio de Janeiro.

Nova Iguaçu Energia e Gás Renovável, é a maior usina termelétrica a biogás do estado e uma das cinco maiores do país, é interligada ao sistema elétrico e gera um volume equivalente ao consumo de 70 mil residências. Trata-se de uma energia muito menos poluidora do que a gerada por térmicas movidas a carvão, óleo ou mesmo a gás natural. A usina está localizada na Central de Tratamento de Resíduos de Nova Iguaçu e será operada pela Foxx Haztec.

A unidade de geração de energia é composta por 12 motores movidos a biogás de aterro sanitário, que tem capacidade total de gerar em torno de 16,5 MW, com potencial para abastecer aproximadamente 65 mil residências de padrão médio de consumo de energia. A usina vai operar 24 horas por dia, nos 365 dias do ano. Foram investidos no complexo gerador cerca de R$ 100 milhões pela concessionária.

O biogás é o gás produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos do lixo. É um tipo de gás inflamável composto por vários gases, como o metano (CH4) e o dióxido de carbono CO2). O biogás passa por vários estágios na usina de geração de energia, até ser encaminhado para a queima controlada no flare e/ou para outros sistemas de aproveitamento energético.

Devido ao seu alto percentual de metano, gás com potencial de aquecimento global 21 vezes superior ao do dióxido de carbono, o biogás do aterro sanitário não pode ser emitido para a atmosfera. O biogás obtido no aterro já vinha sendo aproveitado para operar no local uma unidade de tratamento de chorume, líquido gerado da decomposição de resíduos orgânicos, e para gerar créditos de carbono.

Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. É calculado quanto de carbono deixou de ser emitido com essa substituição, gerando assim os créditos que viram moedas no mercado do setor. Empresas que possuem um nível de emissão de carbono muito alto e poucas opções para a redução podem comprar créditos para compensar suas emissões.

Por Redação O Petróleo