Novas tecnologias podem aumentar a rentabilidade do setor

21-10-2015

Atualmente, Jaime Finguerut, assessor técnico do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), tem dedicado boa parte do tempo aos trabalhos de pesquisa sobre o etanol de segunda geração. 

Na sua opinião, o setor sucroenergético tem que trabalhar forte para buscar rentabilidade com outras tecnologias que podem atender demandas imediatas, como o uso da palha para cogeração de energia elétrica. “Esta é uma solução que o setor está maduro suficiente para incorporar.”
De certa forma, a eletricidade é menos atrativa do que algum produto que se possa por no tanque ou se possa carregar no caminhão. “São elétrons, que pesam quase nada. Mas trata-se de uma necessidade imediata do país. O Brasil vai precisar de mais energia, especialmente quando voltar a crescer.”
Em geral, as usinas brasileiras podem subir seu nível de eficiência para gerar energia e gerar mais. Daí a importância da utilização da palha como fonte energética. “E isso significa que vai sobrar o açúcar para fazemos coisas mais necessárias. Não é só energia. Do petróleo, 95% é usado para combustíveis; e os outros 5% são destinados para a atividade petroquímica. Mas o faturamento é 20% em petroquímico e 80% com combustíveis. Ou seja, os 5% do petróleo usados para químicos valem 4 vezes mais que a parte usada para combustível”, relata Finguerut.
Segundo ele, hoje quem usa petróleo para fazer elileno ganha quatro vezes mais do que quem destina petróleo para fazer gasolina. Mas vale lembrar que, a princípio, a alcoolquímica (ou “etanolquímica”) é um conjunto de processos que utiliza o álcool etílico (etanol) como matéria-prima para a fabricação de outros produtos. Este segmento da indústria química poderá vir a substituir a petroquímica, fazendo com que o etanol assuma o lugar do petróleo como matéria-prima.
“Ou seja, o setor sucroenergético tem um potencial enorme.” Por isso, as pesquisas precisam avançar para tornar as novas tecnologias cada vez mais viáveis.

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Fonte: CanaOnline