Novo plano de recuperação da Guaricanga é aprovado
19-10-2017

Em segunda convocação, a Assembleia Assembléia Geral de Credores da Destilaria Guaricanga aprovou, nessa terça-feira (17) à tarde, no Cine São Salvador (Casa da Cultura), em Pirajuí (58 quilômetros de Bauru), o novo plano de recuperação proposto pela usina. Em 2010, a usina ajuizou pedido de recuperação judicial devido a crise financeira.

Os credores trabalhistas receberão seus créditos após a homologação do plano, uma vez que existem valores depositados nos autos para a quitação.

Os credores comuns (quirografários) receberão seus créditos com 50% de deságio, e, aqueles titulares de créditos de até R$ 5 mil, serão pagos em seis parcelas mensais, iguais e consecutivas, a partir de janeiro de 2018.

Os credores com valores entre R$ 5.001 e R$ 10 mil receberão seus créditos em seis parcelas iguais e consecutivas, a partir de julho de 2019.

Já os credores com cifras acima de R$ 10.001, receberão seus créditos em 16 parcelas trimestrais iguais e consecutivas a partir de julho de 2019.

O único credor com garantia real, receberá seus valores a partir de julho de 2019, em dezesseis parcelas trimestrais e consecutivas, também com deságio de 50%

Os credores comuns e com garantia, concordaram com a venda da Fazenda São Sebastião, cujo produto será revertido para o pagamento dos créditos.

O plano ainda trouxe a possibilidade de deságio de 30%, desde que os credores requeiram suas qualificações como credores essenciais, ou seja, aqueles que fornecerão cana-de-açúcar para auxiliar a retomada da produção pela usina.

O plano ainda depende da homologação pelo Juízo da 2ª Vara de Pirajuí, aonde corre o processo de recuperação judicial, e, ainda, está sujeito a eventuais impugnações pelas partes, sobretudo por aqueles que discordaram do conteúdo.

Os credores trabalhistas estiveram presentes em 66,05%, o único credor com garantia real também se fez presente, e, da classe 3, os credores comuns somaram 37,58%.

O plano foi aprovado por 100% dos presentes da classe trabalhista, 100% da classe de credores com garantia real (único credor) e 84,86% dos credores da classe 3.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Bauru e Região (Sindquimbru), Edson Dias Bicalho, informou, por meio de nota, que votou a favor do plano e ainda propôs intermediar contatos com fornecedores de cana, para que a usina tenha matéria prima para moer em 2018, assim como com buscar um investidor do Canadá interessado em aplicar na produção de açúcar no Brasil. Bicalho representou cerca de 300 trabalhadores, que têm verbas rescisórias a receber da usina.