O açúcar adoça o caixa do setor
24-10-2016

Preços em alta do açúcar ajudam usinas a recompor o caixa, pagar dívidas e, se possível, retomar os investimentos

Clivonei Roberto

No Brasil, a cana-de-açúcar tem um destino nobre. Depois de colhida no campo, segue para a indústria, onde é transformada principalmente em três produtos: etanol, açúcar e bioeletricidade. Mas não foi sempre assim. No Século XVI, pouco depois do Descobrimento, a cultura foi introduzida no país para a produção exclusiva do açúcar. A fabricação ocorria nos engenhos, que eram a primeira indústria implantada nas terras do Brasil Colônia. Principalmente a partir do Século XVII, o açúcar passou a ser o principal produto exportado por Portugal ao mercado europeu. Um negócio que rendeu muito dinheiro aos portugueses e que era muito disputado pelos compradores.

Naquela época, o processo de produção do produto era bem mais simples. A cana era transportada em carro de boi até o engenho, onde moendas movidas a moinhos d’água esmagavam a matéria-prima. O caldo era fervido e depois levado para a casa de purgar. Hoje, nas grandes e modernas usinas que produzem o açúcar, o sistema de produção é ágil, moderno, automatizado, conta com menos mão de obra, mas a lógica do processo é praticamente a mesma: transformar o caldo oriundo da cana em cristais de açúcar. Como na época do Brasil Colônia, hoje estes cristais valem ouro.

Considerando a escala que os preços do açúcar galgaram nos últimos meses, afirmar isso não é nenhum exagero. Segundo Guilherme Nastari, diretor da Datagro Consultoria, os preços do açúcar estão em nível recorde no mercado brasileiro. “O preço nunca esteve tão alto. É o recorde nos últimos quarenta anos”, enfatiza.

Segundo ele, o nível atual da curva de preços do açúcar é o mais alto da história: 72 cents de reais por libra peso. “Entramos num período positivo. A fase mais crítica já passou. Esta é oportunidade para recompor os caixas, pagar dívida, melhorar situação. O desafio é usufruir ao máximo agora.”

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