O canavial precisa se render à inovação
02-10-2015
Clivonei Roberto e Leonardo Ruiz
“Temos de mudar o conceito de uso de variedades. Os materiais modernos estão aí.” Esta foi uma das mensagens deixadas no 9º. Encontro sobre Variedades de Cana-de-açúcar, promovido pelo Grupo IDEA nos dias 23 e 24 de setembro, em Ribeirão Preto.
Quem disse a frase acima foi Patrícia Fontoura, supervisora de planejamento e desenvolvimento agrícola do Grupo SJC Bioenergia, detentor das usinas São Francisco e Rio Dourado, em Quirinópolis, Sul de Goiás. Para ela, é primordial para as usinas, independente de onde estiverem situadas, modernizarem seus canaviais, adotarem novas tecnologias de manejo e trocarem experiências, inclusive compartilhando informações com os programas de pesquisa. “Tanto que as unidades campeãs de produtividade da última safra são as empresas com plantel de variedades mais moderno”, frisa.
Na Unidade São Francisco, por exemplo, em 2013 as variedades mais plantadas eram a SP813250, RB867515, RB928064 e RB966928. "Em 2014, o plantio foi um pouco mais diversificado, porém, a RB867515, por falta de opção, ainda era mais utilizada do que queríamos inicialmente."
Entretanto, Patrícia contou que 2015 foi um ano em que o plantio foi muito bem planejado e novas variedades foram sendo multiplicadas. "Nossa principal prioridade é a CTC4. A IAC873396 também tem tido bom desempenho nos ambientes E. A IAC911099 é uma cana que floresce, mas que tem proporcionado bons resultados. Nossa intenção é que ela chegue a 15% do censo varietal. A IACSP955000 também tem sido bastante multiplicada. A RB966928 está sendo muito plantada, mas queremos segurar, pois ela sente muito em anos mais secos. Além disso, gostamos muito das variedades CVs, que têm registrado bom desempenho na região, especialmente em relação ao perfilhamento."
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