O cenário de bons preços do açúcar e alta do petróleo turbina o setor sucroenergético
07-12-2016

Perspectivas de preços maiores do petróleo eleva a aposta de que o etanol também será um bom negócio para o setor em 2017

A partir desta terça-feira (6/12) houve elevação do preço do diesel nas refinarias em 9,5 por cento e da gasolina em 8,1 por cento, em média, conforme decisão tomada pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços na segunda-feira.

O aumento é resultado da nova política de preços que passou a vigorar, em outubro. Desde que foi adota essa linha de livre mercado, a Petrobras reajustou os preços para baixo em duas ocasiões, essa foi a primeira vez que a empresa ajustou para cima os valores, em movimento que se seguiu a desvalorização da taxa de câmbio no período recente e, principalmente, a uma disparada nos preços do petróleo, após o acordo para corte de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana passada.

Os preços do petróleo no mercado internacional chegaram a subir até 19 por cento desde que o acordo Opep foi fechado na quarta-feira passada. No acumulado da semana passada, a commodity avançou 12,2 por cento, na maior alta semanal desde fevereiro de 2011.

"A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente", disse a empresa em nota.

Esse livre mercado em relação aos combustíveis é uma antiga reivindicação do setor sucroenergético, pois de acordo com seus dirigentes, a política adotada no governo Dilma, de congelamento de preço da gasolina, é responsável direta pela crise do setor.

Além disso, a Petrobras foi severamente afetada pela política de preços de combustível do governo passado. Ao atender à crescente demanda de GLP, diesel e gasolina, cujos preços estavam abaixo de referência internacional, a empresa perdeu bilhões de dólares em renda, de 2011 a 2014. Em um período de altos investimentos devido a exploração do pré-sal, esta perda aumentou a dívida da Petrobras e deteriorou sua situação financeira. Deixando claro que interferências políticas em sua gestão devem ser evitadas.

O setor sucroenergético atravessa uma fase de amor ao açúcar, em decorrência da alta valorização do produto no mercado interno e externo, o que gera dúvidas sobre o que acontecerá com o etanol, frente à preferência pela produção de açúcar. Mas a nova política adotada pela Petrobras e as perspectivas de preços maiores do petróleo elevam a aposta de que o etanol também será um bom negócio para o setor em 2017.

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